sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um Canto de vitória e esperança (2)



O que nos motiva e nos move a continuar cantando?

Assim como nós, o apóstolo Paulo também faz perguntas: Que diremos diante destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Não nos dará Deus, de graça, todas as coisas? Quem nos fará acusação?Quem nos condenará? Quem nos separará do amor de Cristo? (Rm 8.31-39).

Por trás de cada uma dessas perguntas, há uma afirmação: de que Deus está ao redor e no interior da vida, provendo, cuidando, libertando, agindo soberanamente, sendo Deus! Em Jesus Ele nos deu a maior prova de amor de todas, não poupando seu próprio Filho. E, em outras palavras, o que Paulo está dizendo aqui é que nada do que diz respeito a este mundo e a esta vida pode eliminar ou nos privar dos efeitos deste ato de amor de Deus!

Embora a declaração de que somos mais que vencedores tenha se tornado um clichê usado pelos dois primeiros grupos, a) os do canto triunfalista, e b) os do canto de negação, ela está mais associada com os do terceiro grupo, c) da afirmação e aceitação jubilosa.

Será que Paulo está aqui negando que existem condenação ou separação? Ou que tribulação, fome, nudez, perigo, espada, perseguição, angústia e morte têm poder sobre nós? No meu entendimento, não! Porque, se esse é o canto de Cristo, é o canto daquele que venceu a morte, porque antes passou por ela; é o canto daquele que nos deu a esperança da ressurreição e da vitória, mas não rejeitou o caminho da cruz e do fracasso. Ou seja, nós podemos ou vamos passar, ou já temos passado por isso tudo (vide o v. 36, em que se diz: "Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro").

O que nos move ou motiva a continuar cantando ao passar, é que nenhuma delas tem poder suficiente para nos apartar do amor de Cristo! Nenhuma! Nada! Assim...

O cântico do amor é o que aumenta nossa fé e nos dá esperança!

Sempre acreditei, contra todas as falsas expectativas e os falsos sentimentos, que o AMOR é a mais sublime e necessária de todas as virtudes, marca da imagem de Deus em nós...

Não porque seja um sentimento, mas porque é e se traduz em ação! Ação que nunca julga se é justo ou injusto pagar, com a própria vida se preciso for, para que outros vivam. Por isso o amor é permeado pela dor e a incompreensão. Que razão, por mais inteligente que seja, consegue compreender o amor?

Jesus foi essa pessoa... Permeado de incompreensão, de dor, de amor – e por isso da maior alegria! A alegria que nada pode arrancar, pois não depende das circunstâncias. Por seu exemplo podemos hoje dizer, crer, esperançar: a morte não é o fim, é o começo! Nada pode nem poderá nos separar do seu amor!

Jonathan

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