sexta-feira, 5 de março de 2010

PAZ!!!

O caminho para a paz começa com a aceitação da verdade a meu respeito - toda a verdade.
Qualquer fragmento de mim que eu me recuse a aceitar torna-se o inimigo.
Minha luta em conviver com certas pessoas tem uma explicação simples: elas representam para mim precisamente aqueles elementos que me recusei a reconhecer e aceitar em mim mesmo.
Aceitar a verdade sobre meu próprio dilaceramento é insuportável, senão impossível, sem que eu me volte para Cristo. Se a visão que tenho de mim mesmo não for purificada pela misericórdia e pela compaixão de Jesus, preciso ser falso, camuflar minhas verrugas e apresentar a voce um eu muito admirável, livre de falhas e superficialmente feliz.
Para Meister Eckart, a equação: "em Cristo = em paz" é sempre válida. Quando aceito a verdade a meu respeito, um naufrago que foi salvo, e a entrego 'a pessoa de Jesus, estou em paz ainda que não me sinta em paz. A paz que procede de Deus e excede todo entendimento (Fp 4.7) foi conquistada por Cristo na cruz e não depende de meus sentimentos e diposições oscilantes.
A paz que vem de aceitar a verdade inteira sobre mim está enraizada em Cristo, que reconciliou "consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão nos céus, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz" (Cl 1.20). O shalom de Jesus não é mera saudação, mas uma declaração de autoridade do Filho de Deus, Palavra crucificada que produz a paz que proclama.

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração,
prova-me, e conhece as minhas inquietações.
Vê se em minha conduta algo te ofende,
e dirige-me pelo caminho eterno.
Salmo 139.23-24

quarta-feira, 3 de março de 2010

As exigencias do amor!!

Para aqueles que sentem que sua vida é uma séria decepção para Deus, são necessárias uma enorme confiança e uma segurança ousada, que se lança sem medo de correr riscos e de forma até mesmo desconcertante, para aceitar o amor de Cristo, que não conhece nenhuma forma de sombra de alteração ou mudança.
Quando Jesus disse "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados", Ele já pressupunha que ficaríamos cada vez mais cansados, desanimados e desalentados pelo caminho. Essas palavras são um testemunho comovente da humanidade genuína de Jesus. Ele não tinha nehuma noção romântica do custo do discipulado. Sabia que a dor física, a perda de pessoas amadas, o fracasso, a solidão, a rejeição, o abandono e a traição esgotariam nosso espírito, que chegaria o dia em que a fé não ofereceria mais nenhuma segurança, nenhuma propulsão ou consolo, que a oração perderia todo senso de realidade ou avanço, que um dia ecoaríamos o clamor de Teresa de Ãvila - "Senhor, se é assim que tratas teus amigos, não é de admirar que tenhas tão poucos".
"Elas dão prova do justo juízo de Deus
e mostram o seu desejo de que vocês
sejam considerados dignos do seu Reino,
pelo qual vocês também estão sofrendo".
2 Tessalonicenses 1.5