quarta-feira, 24 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A poesia mais linda do mundo!!


Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas. (Ef 2:10)

 
Olá pessoal!

Refletindo sobre este texto (Ef 2:10) podemos aprender algumas coisas muito interessantes. A palavra feitura origina-se da palavra grega “poiesis” e pode ser traduzida no português por poesia ou criação.Se formos pensar de forma simples e literal, podemos entender que nós somos poesia de Deus. Sim, somos obra das mãos do maior e mais ilustre poeta, Deus.

Da mesma forma, amor e cuidado com que criou os céus e a terra, também planejou, escreveu e criou você, a poesia mais linda do mundo!

“A matéria-prima do poeta é a palavra, assim como o oleiro extrai lindas formas do barro, o escritor tem total liberdade para expressar seu coração em versos”.

No entanto, quando falamos em poesia, podemos citar algumas características deste gênero literário:

I – A poesia é exclusiva

Não é possível que um poeta crie uma poesia igual à outra. A poesia é única. A poesia é a inspiração pontual de quem a cria. Ela transforma os pensamentos em versos singulares.

Você é exclusividade de Deus! Você é único, especial, singular. Cada detalhe da sua vida foi pensado de forma detalhada, de forma que você pudesse contemplar a grandiosidade e a beleza de quem o criou.

II – A poesia é o retrato da expressão do coração do autor

Quando as palavras do poeta viajam da sua mente até suas mãos, passam pelo coração, e levam consigo os sentimentos mais profundos do autor. Os desejos, sensações e emoções mais intensas e reais, são lançadas na poesia, em forma de versos.

Deus te desejou, te planejou, rasgou seu próprio coração, para poder criar uma poesia que pudesse ser a expressão mais perfeita da sua glória. Tanto que te fez a Sua própria imagem e semelhança. Isto, para que, quando as pessoas lessem você, pudessem contemplar também a essência do Criador.

III – A poesia atrai, mexe, apaixona, move e comove

Mais do que criar a poesia, o autor anseia alcançar a mente, o coração e a vida de quem irá apreciá-la. A poesia gera sentimentos, apaixona, comove, mexe nas emoções e no senso de percepção das coisas deste mundo. Ele move a estrutura de pensamentos, nos paradigmas da existência e atrai sorrisos.

Quando escreveu você, Deus ansiou em te ver gerando amor, gerando vida em quem estava morto. Ansiou ver você arrancando sorrisos de rostos cansados e amargurados. Quando Deus escreveu você, desejou que você fosse cheio da Sua doce e preciosa presença e que esta presença pudesse tocar a vida, daquele ao seu redor, que está abatido, querendo desistir.

IV – A poesia de Deus possui harmonia perfeita

Na escrita da poesia pode-se utilizar a chamada licença poética, que permite ao autor brincar e manipular as palavras sem importar-se com a ortografia ou com normas literárias. No entanto, quando Deus criou a poesia mais linda do mundo, você, escreveu em perfeita harmonia. Nada saiu fora do planejado. Nada foi deixado para trás. Nada foi esquecido. Nenhum ponto, nenhuma vírgula, nenhuma estrofe foi mal pensada. Cada detalhe foi exposto de forma harmônica e equilibrada. Cada palavra foi minuciosamente pensada para que pudesse, realmente, expressar o que estava no íntimo do seu coração e assim, formar você, a poesia mais linda do mundo.


Junior Della Mea
@juniorDellaMea

O Culto

"Todo culto é uma estrutura de atos e palavras por meio dos quais recebemos um sacramento, ou nos arrependemos, ou suplicamos, ou adoramos.

Permite-nos fazer tais coisas melhor - isto é, tudo "funciona" melhor - quando, em razão de uma familiaridade antiga, não precisamos mais pensar. Quem presta atenção e conta os passos ainda não dança, apenas aprende a dançar. Sapato bom é aquele que passa despercebido no pé. A leitura torna-se prazerosa quando você não pensa mais nos seus olhos, na luz, na letra impresa, na grafia das palavras.

O culto perfeito na igreja seria aquele que transcorresse quase de forma imperceptível para nós, porque nossa atenção estaria voltada para Deus!!"


Extraído do livro: Oração: Cartas a Malcolm de; CSLewis.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Quem Deus Chama?


Os doze discípulos eram qualquer coisa menos super-homens. Como Jesus escolheu Seus discipulos? Em Lucas 6:12-17 lemos: “Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos: Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou traidor. E, descendo com eles,...”

Jesus orou “a noite toda” antes de selecionar os Seus discípulos. Comumente, pensa-se que durante a noite, Deus colocou o nome de cada apóstolo, um a um, na mente do Senhor – “Bartolomeu, Mateus, Tadeu...” – e que o Senhor fez uma lista dos personagens divinamente indicados e aprovados. Talvez Ele tenha gastado uma hora em cada um deles, para confirmar que havia feito a escolha certa. “Ele orou por toda a noite”, o que significa, dizem os entendidos, doze horas: uma hora por cada apóstolo.
Agora, eu ouso perguntar, foi realmente aquilo que Ele fez? Pedir por direção para escolher homens com a capacidade e potencial certos, cuja grandeza Deus podia ver de antemão? Eles deveriam ser pessoas a quem um crítico de personalidade designaria para um alto cargo? Ou Jesus estava na realidade lutando contra uma tentação, por escolher homens cuja capacidade natural provaria serem adequados? Homens com qualidades distintas e nobres: o notável, o brilhante, o influente, o poderoso? Imagino que pode ter sido assim. Podem ter sido doze horas de oração lutando entre a maneira natural do mundo planejar sucesso, designando homens talentosos, e a maneira de Deus. O método divino, por todo o Velho Testamento, era que Deus escolhia pessoas insignificantes, rejeitadas: “e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;” (I Coríntios 1:28).


Pessoas Chamadas para Sua Obra

Jesus orou e voltou para selecionar os apóstolos mais improváveis – quase qualquer um. Ele deu de cara com jovens sem qualidades quaisquer a não ser os próprios traços do carácter humano: o impetuoso Pedro e seu irmão mais calmo, André, os filhos cabeça-quente de Zebedeu, o racionalista Tomé, o sociável Felipe e o desonesto Judas. Quando Deus escolhe, não é importante quem somos; o que Ele faz de nós é o que conta. Ele escolheu um improvável punhado de homens locais. Um ou dois foram selecionados somente por serem parentes. Tiago e João eram filhos de Salome, a qual se acredita ser irmã de Maria mãe de Jesus. Eles sempre O conheceram. Jesus passeou ao longo da praia onde, por acaso, estavam pescadores locais, e os chamou. Quase pareceu que Ele selecionou os primeiros jovens companheiros com quem se deparou naquela manhã.



O Segredo de Cristo

Há 2.000 anos atrás, o mundo era um lugar selvagem. Era um lugar de derramamento de sangue, paixões incontroláveis e um ódio fanático. Seus principais prazeres eram: imoralidade, idolatria, indulgência, e, o pior de tudo, a crueldade. As multidões consideravam-nos dias maravilhosos para sair e ouvir os gemidos das pessoas torturadas e moribundas. Os discípulos tiveram que levar o Evangelho àquele mundo, e o Evangelho centralizava-se na crueldade sofrida por Jesus.

Também foi lugar para muito aprendizado. A influência dos grandes pensadores gregos era forte e novas idéias eram avidamente procuradas. Os discípulos não ofereciam idéias, mas somente a estória de um Messias crucificado. Pedro, Tiago, João, Simão e Tomé não eram sofisticados e ignorantes; eles até falavam com sotaque Galileu, o que era exatamente o oposto de elegância da cidade. Que esperanças tinha o Cristianismo, deixado nas mãos de alguns rudes e incultos pescadores; homens com ciúmes uns dos outros e cheios de dúvidas?

Então, pensando nesses homens e no seu mundo desde o início, o Evangelho parecia sentenciado ao fracasso. Doze homens locais que nunca haviam viajado 50 milhas nas suas vidas, deveriam ir por todo o mundo, o mundo Romano, conquistar exércitos vencedores, sacudir o imperador no seu trono e converter as tribos selvagens nas suas fronteiras. Sem dúvida, Jesus anteviu esses doze se tornando uma força mundial, mas Ele confiou em doze homens, filhos de trabalho difícil, alguns deles quase camponeses, para providenciar o primeiro elo vital entre Ele e a poderosa igreja por vir. O segredo de Cristo era a capacitação pelo Espírito Santo no Dia de Pentecoste. Bem, do que estamos com medo?


Escrito por: Reinhard Bonnke


Quando as pessoas “não são boas” na Alemanha, aqueles que constantemente falham nos seus esforços diários, nós os chamamos de: “zero à esquerda”. No entanto, esses são aqueles em quem Deus está especialmente interessado. Quando Jesus chama um “zero à esquerda” e este “zero” responde, logo perceberá que o Senhor é o “Número Um” e que, um “zero” perto de um “Um” é igual a DEZ! Em outras palavras: JESUS DÁ VALOR A CADA ZERO, CONTANTO QUE ELE SEJA O NÚMERO UM! O imprestável torna-se altamente valioso. Essa é a maneira com que Deus constrói o Seu Reino. Assim foi com os primeiros discípulos e assim o é hoje. Eu reivindico isso como meu próprio testemunho também.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

evangelismo por fogo!!





Também oro pelos 100 milhões salvos!!!!

Jaboque!!



Jaboque é o lugar onde Jacó lutou com o Senhor. É onde ele fez sua rendição total a Deus. É onde recebeu um novo caráter, e um novo nome: Israel. É onde deitou abaixo seu último ídolo, e teve sua maior vitória.

"Levantou-se naquela mesma noite...e transpôs o vau de Jaboque" (Gênesis 32:22).

Jaboque quer dizer: "lugar da travessia". Também representa luta; esvaziar e transbordar. Que tremenda verdade é revelada nesse local chamado Jaboque. Tem tudo a ver conosco nos dias de hoje. É o lugar onde o povo de Deus descobre o segredo do poder contra todo pecado que assedia. Representa uma crise de vida ou morte - uma crise que leva à rendição absoluta.
 
Não pode haver vitória gloriosa sobre o ego e o pecado enquanto você não for a Jaboque. Chega uma hora em que precisamos "resolver as coisas com Deus". Temos de enfrentar a nós mesmos, e nos esvaziar de todos maus desejos e ambição própria.

No passado, os crentes aprenderam que há duas travessias na vida do cristão: o mar Vermelho e o rio Jordão. A travessia do mar Vermelho representa sair do mundo. Fala de um novo começo. Simboliza "ser salvo". Muitos do povo de Deus saem do Egito, mas nunca entram na Terra Prometida. Ficam presos no deserto da incredulidade, do medo, da confusão. Deixam o mundo, mas nunca entram na alegria do Senhor.

Uma outra travessia é exigida - o Jordão! O Jordão representa um compromisso de se manter com o Senhor. Batismo nas águas! Leitura da Bíblia! Testemunho! Desejo de crescer em Cristo! É um passar para uma vida de louvor. Para muitos, a Terra Prometida representa a plenitude do Espírito Santo. Um batismo no, e com, o Espírito Santo.

Não é só isso? Uma Terra Prometida? Uma Canaã espiritual para os filhos de Deus? Salvos, batizados, e cheios do Espírito Santo?

Os filhos de Israel entraram na Terra Prometida. Receberam sua herança. Mas nunca entraram efetivamente no repouso que Deus desejava que entrassem! Esses filhos de Deus, tementes a Ele, dirigidos pelo Espírito, ainda tinham pecado no coração! Tinham corações presos à luxúria secreta e à idolatria.

É trágico que o mesmo seja real ainda hoje. Multidões de crentes cheios do Espírito, e dirigidos pelo Espírito - nunca conheçeram o verdadeiro repouso de Deus! Sua paz é perturbada por uma consciência com problemas. Deus disse, em relação a Israel "que não puderam entrar por causa da incredulidade...Portanto, resta um repouso para o povo de Deus" (Hebreus 3:19-4:9).

É possível ser salvo, cheio do Espírito, totalmente dedicado à obra do Senhor, e ainda estar preso a um pecado secreto! É possível expulsar demônios no nome de Cristo, curar os enfermos, realizar milagres, discernir, produzir grandes obras, tudo em nome de Jesus Cristo - e ainda ser um obreiro da iniqüidade amarrado ao pecado.

Só Deus sabe quantos cristãos carregam o peso do pecado secreto, ou da lascívia devastadora. Multidões jamais experimentaram vitória e livramento total de pecados que os assediam. Muitos jovens cristãos dedicados enfrentam uma batalha perdida contra o pecado habitual. Lutam contra o desejo por drogas, por álcool, sexo. Eles amam ternamente o Senhor - mas há "aquela coisa em suas vidas". Odeiam isso, mas continuam. Não querem abandonar Cristo, ou voltar para o mundo. Mas ainda há um ídolo que eles não parecem conseguir entregar.

E, sim, os homens e mulheres de Deus - incluindo ministros do Evangelho - que brigam contra um pecado que os acossa! Eles têm fome de Deus. Nem por um instante pensam em se voltar às coisas desprezíveis do mundo. Anseiam pela plenitude de Cristo. Choram por santidade! São verdadeiramente filhos do Deus Altíssimo.

Mas aquela coisa continua. Aquele tal problema. Esse pequeno ídolo! Ele os faz sofrer e os leva às lágrimas. Eles se dilaceram em culpa e condenação. Sentem-se frágeis, sem valor, confusos. Jejuam, oram, prometem - mas de repente são vencidos, e são levados como ovelhas para o matadouro.

Durante anos tenho lutado com a teologia da vitória total contra o pecado! Não quero dizer "perfeição sem pecado". Quero dizer libertação do cativeiro a todo pecado que esteja afligindo constantemente! Pouca gente estudou mais do que eu quanto à doutrina da santificação. Tenho estudado e lido sobre santificação há anos.

Trabalhei com alguns dos maiores escravos do pecado da face da terra. Então, precisava de respostas. Eu precisava de uma mensagem clara e simples sobre como conseguir e manter vitória contra os pecados das drogas, do álcool, da violência, do fumo, do jogo, do sexo ilícito, e vários outros tipos de vícios. Enquanto o Espírito não me mostrou Jaboque, a minha compreensão era incompleta.

E os cristãos, incluindo ministros que mantém casos secretos de amor? E os esposos e esposas que deixam o casamento, na esperança de achar alguém que lhes agradará mais? Muitas vezes eles mentem referindo uma situação horrível no lar - como desculpa para os casos secretos de amor. Com freqüência ficam desesperadamente envolvidos com outros.

A luxúria sexual - adultério, fornicação - está varrendo a igreja nesses dias como peste negra. Não há vitória contra essa lascívia descontrolada? Será que um verdadeiro filho de Deus precisa atravessar a vida sempre escravo do pecado que o assalta? Será que não há um lugar de vitória total? Não quero dizer ficar livre da tentação, mas livre de ceder à luxúria.

Há uma terceira travessia - Jaboque!

Jaboque era um tributário do rio Jordão. Era um lugar abandonado. O nosso Jaboque tem de ser enfrentado a sós. Você pode atravessar o mar Vermelho com uma valorosa multidão de remidos que deixa o Egito. Você pode atravessar o Jordão com o vitorioso exército do Senhor em torno. Mas atravessará o Jaboque só! Sem conselheiros, amigos, ajudadores. É uma luta pessoal - só entre você e o Senhor.

"Jacó porém ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva subia" (Gen. 32:24).

Jaboque é onde o Jacó em nós dá o último suspiro. É onde Deus trata conosco não apenas em relação ao pecado, mas em relação ao nosso próprio caráter.

Jacó era um homem com problemas, desesperado. Digamos que Deus o tenha colocado contra a parede. Ele estava voltando após muitos anos, por sua herança. Esaú, o irmão de quem havia usurpado a primogenitura, estava indo em sua direção com um exército de 400 homens.

Jacó havia amadurecido de várias maneiras. Ele agora era um pai amoroso. Era obediente ao Senhor, e seguia a ordem de Deus para voltar ao lar. Ele amava a verdade. Era um homem humilde, de oração. Ouça sua prece:

"Menor sou eu que todas as beneficências, e que toda a fidelidade que tiveste com teu servo..." (Gen. 32:10).

Mas esse servo de Deus - humilde, obediente, de oração, temente ao Senhor, amante da fidelidade - continuava em processo de conciliação! Isso quer dizer: "ceder ao perigo para evitar problema". Paz a qualquer preço inclui concessão!

Em vez de confiar em Deus na crise, ele aparou as arestas. Tentou inventar um jeito de enfrentar o problema. Dividiu o gado em diferentes rebanhos, enviando-o á frente para abrandar o coração do irmão. Bombardeou Esaú com ondas sucessivas de presentes de cabras, camelos, touros, ovelhas, mulas e carneiros.

"Porque dizia: Eu o aplacarei..." (v. 20).

Apaziguamento! É nisso que multidões de cristãos entraram! Cedem ao perigo, porque temem não ter saída! Ouve-se isso por todo lado atualmente: "Não dá para evitar! Eu não quero fazer. Odeio o pecado. Mas apesar do meu súper-esforço, cedo e caio!".

Então vez após outra, nós apaziguamos! Pecamos e confessamos, choramos e confessamos, tentamos descobrir uma saída. Sim, as arestas, os esquemas, as justificações, as desculpas, os planos - tudo em vão. Parecemos fracos contra necessidades e desejos devastadores.

Obediente! De oração! Buscando a fidelidade! Humilde! Amoroso! Bondoso! Temente a Deus! Mas continua aquele pontinho negro! Permanece uma resistência secreta no fundo do coração. Continua o apaziguamento, a maquinação - continua um ídolo em pé - ainda não totalmente entregue. Ainda não sob o senhorio total de Cristo.

Por David Wilkerson





terça-feira, 19 de julho de 2011


Jamais encontrei alguém que tenha me causado tantos problemas quanto eu mesmo!!!


D. L. Moody

Leão Impostor!!

Acautelai-vos dos falsos profetas [...]

disfarçados em ovelhas,

mas por dentro são lobos roubadores.

Mateus 7.15


No último livro das Crônicas de Nárnia de C. S. Lewis, A Última Batalha, um macaco malvado chamado Manhoso encontra uma antiga pele de leão e convence Confuso, o burro ingênuo, a vestí-la. Manhoso então alega que o burro disfarçado é Aslam (o leão que é o legítimo rei de Nárnia) e fez uma aliança com os inimigos de Nárnia. Juntos, ele planejam controlar e escravisar os súditos de Nárnia. O jovem rei Tirian, entretanto, não consegue acreditar que Aslam pudesse realmente envolver-se em práticas tão brutais. Então, com a ajuda do verdadeiro Aslam, ele derrota Manhoso e seu leão impostor.


a Bíblia nos diz que o diabo estáocupado em imitar a Deus. A sua meta é "ser semelhante ao Altíssimo" (Isaias 14:12-15). Através do engano satanás tenta colocar um substituto no lugar de Cristo. O próprio Jesus nos advertiu a respeito dos falsos profetas e falsos cristos: "Vede que ninguem vos engane. porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos" (Mateus 24:4-5).


Como podemos diferenciar o verdadeiro Cristo de um impostor? O único e verdadeiro Cristo é aquele descrito nas escrituras. Qualquer pessoa ou objeto que repesente um Jesus diferente daquele apresentado na Biblia está promovendo "um burro em pele de leão."


A palavra de Deus nos dá sabedoria para discernir o que é falso.

Frase do dia!!


Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo.
Também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até o fim!!
(Ec 3.11, grifo acrescentado)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Nascidos depois da Meia-Noite



Entre cristãos afeitos a avivamentos tenho ouvido este ditado: "Os avivamentos nascem depois da meia-noite".

É um provérbio que, embora não inteiramente verdadeiro, se tomado ao pé da letra, aponta para algo bem verdadeiro.

Se entendemos que esse ditado significa que Deus não ouve a nossa oração por avivamento, se for feita durante o dia, evidentemente não é verdadeiro. Se entendemos que significa que a oração que fazemos quando estamos cansados e exaustos tem maior poder do que a que fazemos quando estamos descansados e com vigor renovado, outra vez não é verdadeiro. Certamente Deus teria de ser muito aus­tero para exigir que transformemos a nossa oração em penitência, ou para gostar de ver-nos impondo-nos punição a nós mesmos pela intercessão. Traços destas noções ascéticas ainda se encontram entre alguns cristãos evangélicos, e, conquanto esses irmãos sejam reco­mendados por seu zelo, não devem ser desculpados por atribuir inconscientemente a Deus algum vestígio de sadismo indigno até dos seres humanos decaídos.

Contudo, há considerável verdade na idéia de que os avivamentos nascem depois da meia-noite, pois os avivamentos (ou quaisquer outros dons e graças espirituais) só vêm para os que os desejam com angustiosa intensidade. Pode-se dizer sem reserva que todo homem é tão santo e tão cheio de Espírito como o deseja. Ele não pode estar tão cheio como gostaria, mas com toda a certeza está tão cheio como deseja estar.

Nosso Senhor colocou isto fora de discussão quando disse: "Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos". Fome e sede são sensações físicas que, em seus estágios agudos, podem tornar-se verdadeira dor. A experiência de incontáveis pessoas que procuravam a Deus é que, quando os seus desejos se tornaram dolorosos, foram satisfeitos repentina e maravilhosamente. O problema não consiste em persuadir Deus a que nos encha do Espírito, mas em desejar a Deus o suficiente para permitir-Lhe que o faça. O cristão comum é tão frio e se mostra tão contente com a sua pobre condição, que não há nele nenhum vácuo de desejo no qual o bendito Espírito possa derramar-se em satisfatória plenitude.

Ocasionalmente aparece no cenário religioso alguém cujos anelos espirituais insatisfeitos vão ganhando tanto volume e importância em sua vida, que expulsam todos os outros interesses. Tal pessoa se recusa a contentar-se com as orações seguras e convencionais dos enregelados irmãos que "dirigem em oração" semana após semana e ano após ano nas assembléias locais. Suas aspirações a levam longe e muitas vezes o tornam incômodo. Seus irmãos em Cristo, perplexos, sacodem a cabeça e olham uns para os outros com ar de entendidos, mas, como o cego que clamou por sua vista e foi repreendido pelos discípulos, "ele, porém, cada vez gritava mais".

E se não tiver ainda satisfeito as condições, ou se houver alguma coisa impedindo a resposta à sua oração, poderá prosseguir orando até as horas tardias da noite. Não a hora da noite, mas o estado do seu coração é que decide o tempo da sua visitação. Para este irmão bem pode acontecer que o avivamento venha depois da meia-noite.

Todavia, é muito importante que nós compreendamos que as longas vigílias em oração, ou mesmo o forte clamor e as lágrimas, não são em si mesmos atos meritórios. Toda bênção flui da bondade de Deus como de uma fonte. Ainda aquelas recompensas das boas obras sobre as quais certos mestres falam tão servilmente, sempre em contraste agudo com os benefícios recebidos somente pela graça, no fundo são tão certamente de graça como o próprio perdão do pecado. O mais santo apóstolo não pode ter a pretensão de ser mais que um servo inútil. Os próprios anjos subsistem graças à pura bondade de Deus. Nenhuma criatura pode "ganhar" nada, no sentido comum da palavra (de trabalhar para ganhar ou de receber por merecimento ou de adquirir pagando). Todas as coisas pertencem à bondade soberana de Deus e por ela nos são dadas.

A senhora Juliana resumiu lindamente isso quando escreveu: "Honra mais a Deus, e O agrada muito mais, que oremos fielmente a Ele por Sua bondade e nos apeguemos a Ele por Sua graça, e com verdadeiro entendimento, permanecendo firmes por amor, do que se empregássemos todos os recursos que o coração possa imaginar. Pois se usássemos todos os recursos, seria muito pouco, e não honraria plenamente a Deus. Mas em Sua bondade, a ação é mais que com­pleta, faltando exatamente nada... Pois a bondade de Deus é a oração mais elevada, e desce às partes mais fundas da nossa neces­sidade".
Apesar de toda a boa vontade de Deus para conosco, Ele não pode atender aos desejos do nosso coração enquanto os nossos desejos não forem reduzidos a um só. Quando tivermos dominado as nossas ambições; quando tivermos esmagado o leão e a víbora da carne, e calcado o dragão do amor próprio sob os nossos pés, e nos consi­derarmos verdadeiramente mortos para o pecado, então, e só então, Deus poderá elevar-nos à novidade de vida e encher-nos do Seu bendito Espírito Santo.

Ê fácil aprender a doutrina do avivamento pessoal e da vida vitoriosa; é coisa completamente diversa tomar a nossa cruz e afadigar-nos na escalada do sombrio e áspero morro da renúncia. Aqui muitos são chamados, poucos escolhidos. Para cada um que de fato passa para a Terra Prometida, muitos ficam por um tempo, olhando ansiosamente através do rio e depois retornam tristemente à segurança relativa das vastidões arenosas da vida antiga.

Não, não há mérito nas orações feitas a desoras, mas requer disposição mental séria e coração determinado deixar o comum pelo incomum no modo de orar. A maioria dos cristãos nunca o faz. E é mais que possível que as poucas almas que se empenham na busca da experiência incomum cheguem lá depois da meia-noite.

A. W. TOZER

Que Deus nos ajude!

sexta-feira, 18 de março de 2011

PRAZER TURCO

A tua lei é todo o meu prazer! salmo 119.174

No livro de C.S. Lewis, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, a Feiticeira Branca precisou saber somente uma coisa a resoeito de Edmundo, para que ele traísse seus irmãos. Ao fazer-lhe algumas perguntas simples, a bruxa descobriu que a fraqueza de Edmundo era a sua preferência por um doce macio, cortado em quadrados, chamado Prazer Turco. Opedaço que ela deu a Edmundofoimais delicioso do que tudo que ele experimentara. Logo Edmundo só conseguia pensar em "tentar engolir tantos quadrados do doce quanto possível, e quanto mais comia, tanto mais desejava".

Cada um de nós tem uma vulnerabilidade como a de Edmundo,e Satanás está ansioso por explorá-la.Pode ser algum vício como drogas ou álcool, ou pode ser algo aparentemente inofensivo e talvez até algo bom como comida, amizades ou trabalho.

Depois da Sua ressurreição, Jesus fez uma pergunta pessoal e analítica a Pedro: "Simão, filho de João,amas-me mais do que estes outros?" (joão 21.15). Muitos têm levantado especulações para saber oque Jesus quis dizer com as palavras "estes outros", mas talvez é melhor nem sabê-lo. Isto permite a cada um de nós personalizar a pergunta e indagar a nós mesmos: "O que eu amo mais do que a Jesus?"

Quando Satanás descobre o que amamos mais do que a Deus,ele sabe como nos manipular. Mas eleperde o seu poder sobre nós quando nosso prazer está no SENHOR!!

DEUS TEM PRAZER EM NÓS; COMO PODEMOS FAZER OUTRA COISA,A NÃO SER TER PRAZER NELE?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ainda que...nada serei!



What do you got if you ain't got love?

Há mais de dois mil anos atrás, um tal de Paulo escreveu uma poesia sobre o amor e desde então essa poesia tem inspirado milhares de outras poesias sobre isso. A música “What do you got”, de Bon Jovi, que me inspirou a escrever esse post, segue esse curso. A razão para tal sucesso parece óbvia: a poesia de Paulo não fala de qualquer amor (como o que diz: “amo correr” ou “amo meu carro”), nem tampouco de nossos amores-necessidade (C. S. Lewis) tipicamente humanos; ele fala sobre ágape, o amor divino, e pontua características próprias e vivas desse amor.


Apesar de ser poético, o texto de Paulo é direto, vai à veia do que o amor é na prática; consegue construir uma bela visão, sem deixar de ser realista, admitindo que, embora o amor seja tudo, fora de Deus não é possível vivê-lo em seu mais sublime sentido, e, mesmo que busquemos esse “vínculo da perfeição”, como diz João, ainda assim, continuaremos vendo “um reflexo obscuro, como em espelho”. Ou seja, perseguir o amor verdadeiro é uma vocação interminável, humanamente falando. Podemos encontrar relances do ágape, mas só seremos plenos nele quando Deus for tudo em todos. Até lá...

Bem, até lá, só sei de uma coisa: eu preciso tentar viver esse negócio como sendo o sentido maior de minha existência, como se o ar que eu preciso para respirar me faltasse caso eu... não tivesse amor! Embora ele não me falte, é como se faltasse. Por exemplo: eu não perco meu emprego porque eu não amo, mas é como se perdesse; meu casamento não necessariamente termina se não tiver amor, mas, assim sendo, na prática ele já terminou há muito tempo; minha conta bancária não terá maiores nem menores dividendos porque eu amo, mas existencialmente, sem amor, me sentirei como o mais pobre entre os homens; eu posso falar de amor sem ter amor; posso saber muito sobre Deus, sem tê-lo ao menos experimentado em amor algum dia. E o que eu tenho? O que me resta? Sem amor, nada, só o vazio!

Sei lá, parece que Paulo estava muito certo quando escreveu 1Coríntios 13, você não acha? Quer dizer, essa parada de amar é séria. Amar ou não amar parece não ser uma questão, assim como viver ou não fora d’água não é uma questão para o peixe. Quando nos conscientizamos mesmo disso – e talvez levemos muito tempo ou pouco tempo, tenhamos de apanhar muito ou pouco da vida, pra aprender isso – então, falar de amor se torna algo “fora de moda”; afinal, não é preciso falar muito quando se vive, concorda?

Como observou Zygmunt Bauman: “O amor não se reconhece nas palavras”. Ou ainda, como assertivamente disse Jonathan Rutherford: “O amor oscila na beira do desconhecido além do qual fica quase impossível falar. Ele nos leva para além das palavras. Quando pressionados a falar sobre o amor, procuramos atrapalhadamente pelas palavras, mas as palavras curvam-se, dobram-se, desaparecem”.

É meio que um incômodo esse negócio, e não poderia ser diferente: falar de amor é muito estranho! Até porque, eu não sei se conseguirei colocar isso em prática tanto quanto agora me sinto constrangido e motivado a falar a respeito. Mas acho que aí está a graça da coisa, não? Não saber nos tira do controle, uma vez que o amor não tem nada a ver com controle, tem a ver com vulnerabilidade e incerteza. Amar, diria Bauman, significa estar e permanecer num estado de permanente incerteza. Então, é bom falar de vez em quando. Só que melhor, bem melhor, é viver...


Jonathan

Conhecendo Deus

Abraham Lincoln afirmou: “Eu entendo que um homem possa olhar para baixo, para a terra, e ser um ateu; mas não posso conceber que ele olhe para os céus e diga que não existe Deus”. Não basta admitir a existência de Deus. Precisamos conhecê-lo, pois “o fim de todo o saber é conhecer a Deus, e, além desse conhecimento, amá-lo e imitá-lo”. Karl Barth afirmou: “É natural que o conhecimento que o homem pode ter de Deus seja limitado, porque, sendo Deus infinito, não pode enquadrar-se nos limites da mente humana, finita”. Todavia, a fim de ajudá-lo a conhecê-lo, deixe-me destacar alguns aspectos de Deus:

O primeiro aspecto de Deus é sensibilidade! Deus se apresenta na Bíblia como uma mãe sensível às necessidades do seu filho. Em Isaias 66.13 Deus afirma: ”Como a alguém que sua mãe consola, assim eu vos consolarei...”. Deus é tão sensível com seus filhos que Ele os consola como uma mãe faz.

O segundo aspecto de Deus é atenção! Em Isaías 49.15 Deus questiona: "Será que uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você!”. Deus é atencioso, não nos esquecendo de nós e de nossas dores e lutas diárias.

O terceiro aspecto de Deus é cuidado! Deus cuida de cada um dos seus servos, como um pastor cuida das suas ovelhas. A Bíblia afirma: “O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta” (Salmos 23). Se analisarmos este salmo, veremos que Deus é cuidadoso em nos alimentar, dar descanso, prover encorajamento, efetuar correção, dar restauração e preparar vitórias sobre os nossos adversários.

O quarto aspecto de Deus é lealdade! Deus não reparte com mais ninguém o que abrimos com Ele. A Bíblia afirma em Mateus 6.6: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará”. Veja, Ele nos ouve no secreto e o que foi dito no secreto fica no secreto. A lealdade de Deus nos satisfaz a cada manhã e enche os nossos dias de felicidade (salmos 90.14).

O quinto aspecto de Deus é justiça! Deus é um juiz justo (Salmos 7.11). Ele não deixará que a injustiça sobre seus servos prevaleça! Ele sempre se levanta na defesa dos seus. Ele prepara um banquete para aqueles que o servem, onde os seus inimigos o podem ver. Ele os recebe como convidados de honra e faz o cálice destes transbordarem (Salmos 23.5).


Que a nossa atitude seja esta: “Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra''. Oséias 6.3 NVI.

Pastor J. Jacó Vieira

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Caminho seguro




"... guia-me mansamente a águas tranquilas" (Salmos 23:2).

A noite estava escura e tempestuosa. Uma senhora estava em um barco que cruzava o Lago Michigan. Por causa da chuva forte, dos raios e trovões, ela se sentia muito nervosa. Com muito medo, ao ver as muitas pontas de pedras que sobressaiam na superfície do lago, ela perguntou ao capitão: "Você sabe onde estão todas as pedras do lago?" "Não", respondeu o capitão, "eu não sei. Mas eu conheço o caminho seguro".
Enquanto "navegamos" pelos mares da vida, encontramos muitas "pedras". Algumas nós sabemos como evitar e outras, não. Por isso, é possível que sejamos apanhados de surpresa. O importante, portanto, é que saibamos "onde está o caminho seguro".

Muitas vezes julgamos que somos capazes de encontrar, sozinhos, a segurança de que tanto necessitamos. Escolhemos uma direção e seguimos em frente. Não aceitamos a opinião de ninguém e, quase sempre, só percebemos o erro quando não suportamos mais as angústias e aflições.

Outras vezes nos deixamos envolver pelas pedras. Sofremos, murmuramos, questionamos a existência de cada uma delas, maldizemos as lutas e os problemas, mas, não procuramos encontrar o caminho tranquilo e seguro. Reclamamos das pedras e não nos afastamos delas.

Quando tomamos a decisão de "velejar" apenas por caminhos seguros, tudo é diferente. Vivemos em paz e alegria, em júbilo e felicidade. Sabemos onde estamos e para onde estamos indo. Sabemos que as pedras existem, porém, estamos longe delas e elas estão longe de nós.

Jesus conhece o caminho seguro e você só precisa segui-lo.


Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sem motivos para amar?

Existe amor que dure a vida toda, que a tudo perdoe e não se desanime? Existe amor que se renova todos os dias porque tudo sofre, tudo espera, tudo crê?
Minha ingênua e sincera fé diz que sim, mas muitas vezes [às vezes a maioria das vezes] o meu coração/razão/vontade não encontra tal amor... ou, se ele está lá... se cansa de tentar procurá-lo e fazer reviver um sentimento assim. Não por falta de forças ou de coragem, mas por falta de motivos.

Onde encontrar motivos para amar, então? É possível encontrá-los quando já não queremos ou temos medo de nos machucarmos de novo?

Talvez as perguntas estejam sendo feitas da maneira errada, mas não sem verdade existencial... Todo mundo procura por estes motivos de vez em quando... Eu gostaria que minha resposta fosse tão simples quanto procurar no “Google”, mas eu não tenho boas notícias sobre encontrar motivos para amar, geralmente nunca se acha um bom motivo para se fazer isto. É mais fácil não ter motivo para amar. Recusar-se a amar e trancafiar-se solitariamente dentro de uma torre alta ou mosteiro celibatário talvez seja a solução menos dolorosa.

Não amar evitaria comprometer o amor e a vida de mais algum inocente, quando, por exemplo, duas pessoas se amam e se deixam ser amadas, mas logo no início de suas caminhadas descobrem que é perigoso demais abrir o coração não só ao amor, mas às frustrações e confrontos que a vida a dois sempre causa. Ou, quem sabe, depois de muitos anos de caminhada juntos, descobrem que o motivo para se amar acabou faz tempo ou nunca, de fato, existiu. Donzelas amáveis e príncipes heróis encantados, cavalos brancos e o salvamento da princesa da torre são divertidos e empolgantes nas primeiras vezes, mas se torna enfadonho ter que se trancar na torre de novo para se proteger de uma dor ou de escalá-la perigosamente a fim de encontrar aventuras e motivações para amar todos os dias.

Não amar certamente anularia as dores e desilusões destes momentos, mas não é a decisão mais completa a ser tomada. Particularmente não creio que exista gente que foi feita para não amar; e também não creio em amor que vai e vem, que sobe e desce. Acredito no amor que fica, mesmo amassado, ferido, sozinho e nos faz ter esperança de ver hoje, no nosso agora dolorido, um horizonte amanhã, doce e ensolarado, talvez distante, mas alcançável de dias melhores, mais fáceis para se amar. Dificilmente encontra-se um bom motivo para amar persistentemente, mas quem disse que o verdadeiro amor precisa de motivos para ser amor?

O que me faz amar com vontade de amar não é o motivo, mas a consciência da existência inequívoca deste amor que está aqui dentro sem saber como. Não sei explicar, muito provavelmente ninguém conseguirá explicar, porque o amor é assim, mais forte que a morte, dolorosamente persistente, irrevogavelmente amante, paciente e benigno mesmo sem motivos. Já tentei entendê-lo, mas eu sei que só posso sentí-lo.
O bom e verdadeiro amor não precisa saber dos motivos, jamais os procura ou avalia se é possível ou não amar, só sabe que sente amor e pronto. Vai lá de peito e vida abertos. Ele lança fora todo o medo, ainda que se tenha de matar um leão por dia e a gente vá deitar cansado todas as noites.

O amor sobrevive mesmo é de mãos dadas com a fé e a esperança. O abraço dado, o beijo paciente, a presença carinhosa certamente são expressões do amor, são veículos para nos sinalizar que ele existe e nos dar novo ânimo, mas quando não os encontramos não significa que não podemos amar ou que nos faltam motivos. Dificilmente entenderemos ou reconheceremos o verdadeiro amor somente nos atos e gestos físicos. O amor manifesta-se em dom/dádiva, no que é dado sem buscar interesses próprios, nem mesmo os interesses de atender às nossas carências afetivas são válidos para buscar amar. O amor manifesta-se sem motivo aparente, até sem condições, vem como um rolo compressor ou uma simples brisa, mas vem.
É possível negligenciar o amor, fazer de conta que não existe ou abafá-lo. É possível ficar tão duro ao amor que, mesmo ele existindo, não se queria mais senti-lo. O medo da dor pode causar tudo isso, mas podemos escolher viver por medo e não deixar o amor em paz ou por fé e esperança e fazê-lo brilhar como um sol.

Amar é a capacidade de doar-se sem querer nada em troca, talvez por isso o Senhor tenha dito que, no final dos tempos, o amor se esfriaria de quase todos. Uma sociedade que luta por poder e prestígio, que compra todas as coisas, admiração e domínio, que concorre traiçoeiramente pelos melhores lugares e pisa em cima de qualquer ameaça não entende nem aceita dar sem querer qualquer coisa como pagamento. Pessoas que se amam, mas se interessam mais por disputar quem ama mais do que simplesmente amar, gente que não sabe amar só por amar corre o sério risco de ver esfriar a sensibilidade ao amor.

Logo, não existe pagamento para quem ama de verdade. E quem assim ama, não aceita tais trocas e barganhas. Continua dando, amando, crendo e alimentando a esperança não do fim, mas do recomeço pleno e movido pela alegria de simplesmente amar todos os dias, tudo sofrendo, tudo crendo e tudo esperando, até mesmo o ressurgir da sensibilidade de amar.

O Deus que assim ama te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!


Pablo Massolar