quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Paradoxo!



Quando tenho meus surtos de sinceridade, reconheço que sou um amontoado de paradoxos. Creio e duvido, encho-me de esperanças e fico desalentada, amo e odeio, fico mal quando devo me sentir bem, sinto-me culpada por não me sentir culpada. Confio e desconfio. Ajo com transparência e ainda assim embarco em dissimulações.

Aristóteles afirmou que eu sou um animal racional; eu diria que sou um anjo com a incrível capacidade de armazenar vícios.

Viver pela graça implica reconhecer toda a história da minha vida, ao lado iluminado junto com o lado obscuro. Ao admitir meu lado sombrio, aprendo quem sou e sobre o que significa a graça de Deus. Como dizia Thomas Merton:
"Santo não é aquele que é bom, mas o que experimenta a bondade de Deus".


"Em favor deles eu me santifico,
para que também eles sejam
santificados pela verdade".
João 17.19

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Não é fácil perdoar!

Como é difícil para o cristão de hoje perdoar. Não conseguimos sequer perdoar o irmão que pecou contra si mesmo, quanto mais se o pecado dele nos afetar diretamente. Quantos são desprezados dentro de nossas igrejas por haverem caído, por errar o alvo, sem chance de se levantar, a não ser sozinhos.

Inconscientemente achamos que seremos culpados de cumplicidade com o pecado caso sejamos suporte para um irmão pecador e, na prática, é isso que o restante da igreja pensa. Usamos todo o tipo de desculpa para não perdoar ou então perdoamos submetendo à pessoa a todo tipo de regra e condição para receber tão esperado perdão. Criamos até mesmo um chavão para perdoar: “Você está perdoado, mas as coisas nunca mais serão como antes...”. Pobre de nós, infelizes pecadores. Mal sabemos que poderemos ser os próximos a sofrer esse desprezo. Não percebemos que poderemos estar perto da mesma queda, e se isso acontecer estaremos também sozinhos, presos pelo arrependimento, mas sem a chave do perdão para nos livrar.

Todos nós conhecemos alguns exemplos de perdão como os do vídeo abaixo, narrados na música do grupo Ao Cubo ou encarnado no exemplo de vida dos pais do menino Ives, modelos radicais como estes, porém, em sua maioria são vividos por pessoas que não professam ser discípulos de Cristo. Que vergonha! Até mesmo os gentis são capazes de perdoar, mas nós, filhos de Deus, perdoados e salvos por Cristo, relutamos em perdoar até mesmo a menor das ofensas...

Só existe um modelo para o perdão, o modelo de Cristo, e só existe um motivo para o cristão não perdoar seu irmão: não ser Cristão.

Reflita sobre o perdão e exercite-o, a sua vida depende disso.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Chamado, mas não para ser capacho!!

Esta situação tem estado em minha mente: uma jovem discípula de Jesus queria desenvolver um espirito de compaixão por todos os seres humanos. Mas, quando foi ao supermercado comprar mantimentos, teve sua compaixão dolorosamente provada por um subgerente repulviso que queria submetê-la a carícias indesejadas.

Num dia chuvoso e sombrio, ela não podê mais tolerar e começou a gritar zangadamente com o gerente. Para o seu desespero, ela viu Jesus, que estava pegando um pote de "amendocrem" na prateleira e calmanente observava seu comportamento. Envergonhada, ela aproximou-se do Senhor, esperando ser repreendida pela raiva que manifestara.

"O que você deve fazer", Jesus bondosamente a aconselhou, "é encher seu coração com toda benevolência que puder reunir. Depois bata na cabeça dele com seu guarda-chuva".

Em nenhuma parte das escrituras Jesus dá a entender que ser compassivo significa ser capacho. Não há nenhum vestigio de coibição quando Jesus vocifera: "Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele" (cf. Jo 8.44). Ouvimos uma completa frustração nas palavras "Até quando terei que suportá-los?" (cf. Mt 17.17), fúria implacável em "Para trás de mim Satanás!" (cf. Mt. 16.23) e ira flamejante em "Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!" (cf. Jo 2.16).

A sabedoria para discernir quando é apropriado dar a outra face e quando é hora de levantar o guarda-chuva procede somente de escutar as batidas do coração do Grande Rabino.

Estejam alertas e vigiem.
1 Pe 5.8

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Meu compromisso de Fé!


Qual a qualidade de meu compromisso de fé? Há movimento e desenvolvimento? Está vivo e crescente? Fé é um relacionamento de verdade com Jesus. Como qualquer relacionamento humano de amor, jamais pode ser estabelecido, estático, exaurido, terminal. Quando as escrituras, a ceia do Senhor e o minitério tornam-se rotina, estão em via de morrer.

Quando não valorizamos o amor do Pai,nós o encurralamos e o privamos da oportunidade de nos amar de maneiras novas e surpreendentes. Então a fé começa a se encolher e murchar. Quando fico tão refinado espiritualmente que "Aba" é coisa ultrapassada, então o Pai deixou de ser pai, Jesus foi domesticado, o Espirito foi amestrado e o fogo pentecostal se extinguiu.

A fé segundo o evangelho é a antítese da religiosidade confortável e cômoda. Fé significa que você deseja intimidade cada vez maior com Jesus Cristo. Custe o que custar, você naõ quer desejar mais nada.

No momento em que concluo que agora sei lidar com o espantoso amor de Deus, estou morto. POderia mais facilmente conter o golfo do México num pequeno cálice do que seria capaz de compreender o amor arrebatado e incontido de Deus.

Se é para nossa fé ser criticada, que seja pelas razões corretas. Não porque somos emotivos demais, mas porque não somos suficientemente emotivos. Não porque nossas paixões são muito intensas, mas porque são tão insignificantes. Não porque somos afetivos demais, mas porque nos falta um amor profundo, apaixonado e leal pela pessoa de Jesus Cristo.

"Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé." 2 Timóteo 4:7

Não sou eficiente!!



Não sou eficiente. Bem que já tentei, mas não consigo. Eficiência é virtude difícil, rara. Transforma gente comum em agência de alta produtividade e pouco desperdício. É um tipo de especialização naquilo que se faz todo dia. Padrão de atuação, ritmo, rotina. Uma pessoa eficiente desempenha com excelência o que lhe cabe diariamente. Ninguém faz aquilo melhor do que ela.

Não sou eficiente porque oscilo muito. Desanimo, com alguma facilidade. Caio de produção. Canso, decepciono-me, frustro-me. Não me dou muito bem com essa coisa de ser máquina. Não estou sempre bem... Não tenho sempre um sorriso... Não correspondo todas as expectativas sobre mim... Há dias em que não desejo levantar da cama. Já pensei, e não poucas vezes, em jogar tudo para o alto.

Um dia me disseram que eu deveria ser eficaz, não eficiente. A eficiência não é criativa, mas monótona. Reproduz, repete, insiste. Até aperfeiçoa-se, mas não se transforma. A eficácia é diferente, inovadora, certeira, maleável. Uma pessoa eficaz assume responsabilidades, as mais diversas, e atinge os objetivos. Se não é especialista em algo, cerca-se de quem o seja e cumpre seu dever. Sabe solucionar problemas e construir relacionamentos. Jamais deixa de produzir os resultados desejados.

Mas também não sou eficaz. Ah, como gostaria de ser... Erro mais que acerto, julgo equivocadamente, precipito-me. Produzo aquém do que consideram – ou considero – meu verdadeiro potencial e não tenho clareza a respeito do que é fundamental. Chego aos resultados questionando-me sobre sua validade; penitenciando-me por valores que deixei pelo caminho. Arrependo-me. Defendo-me. Não me compreendo.

Contudo, não desespero. Tenho salvação. Creio em Deus e reconheço minha dependência de seu Espírito Santo. Confio em sua eficácia: ofereceu-se uma vez por todas e salvou-me uma vez por todas. Redimiu minha vida, fazendo-me assentar nos lugares celestiais. Seu sopro me impulsiona, cria e recria em mim aquilo que há de mais importante. Estou seguro em suas mãos e sei que posso ser usado para a sua glória.

Confio na eficiência do Senhor, sua completude. Não desanima, não desiste, não desampara jamais. Faz nascer seu sol todos os dias, sobre maus e bons. A cada manhã renova suas misericórdias. Fala, ensina, corrige, disciplina. Sobretudo aos que ama. Seu poder levanta o caído e sua graça anima o abatido. Ele faz os meus pés como os da corça e me faz andar altaneiramente...

A mim, portanto, resta o efetivo. Resta-me ser efetivo, verdadeiro, real. Consciente de minhas limitações e dependente da direção de Deus. Consagrado. O efetivo também produz, também tem seu valor. Mas é um valor relativo, dependente: é efetivo quando usado corretamente! Nas palavras do apóstolo Paulo: “o bem que quero fazer, não faço (ineficácia: errar o alvo); o mal que detesto, pratico (ineficiência: fazer o malfeito). Miserável homem que sou; quem me livrará do corpo dessa morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor...

Seja Cristo a nos usar! Efetivamente! Eficazmente! Eficientemente! E para a sua glória!

Pr. Marcelo Gomes

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O ser de Deus!!


Por mais que relutamos e resistimos, a essência da nova aliança, bem como sua grande inovação, reside no fato de que a própria lei do ser de Deus é o amor.

Filósofos pagãos como Platão e Aristóteles haviam concluído a existência de Deus pelo raciocínio humano e refríam-se a ele em termos vagos e impessoais, como Causa Incausada e Motor Imóvel.

Os profetas de Israel, por sua vez, haviam revelado o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó de modo mais íntimo e apaixonado. Mas somente Jesus revela que Deus é um Pai de incomparável ternura; que, ainda que reunissímos toda bondade, sabedoria e compaixão dos melhores pais e mães que já existiram, não passariam de pálida sombra do amor e da misericódia presentes no coração do Deus redentor.

"Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele." 1 João 4.19

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Seja um socorrista!!


Conheça o trabalho deste pessoal e eles estarão em nossa cidade!

Graça e paz!

Teremos um treinamento na cidade de Maringá-PR nos dias 21, 22, 23 e 24 de abril de 2010.

Aguarde novas informações e acompanhe pelo site www.amesperanca.com.br ou www.sosglobal.org.br

Deus nos abençoe. Um abraço,

Suzana

Associação Missão Esperança - AME

11-5643 9685 ou 11-5643 1308

Formação Missionária a Distância (FORMAD)


Pra quem quer aproveitar bem o tempo livre, capacitar-se e estar se preparando pro seu chamado.
Veja esta opção de curso a distância com ótimo preço e o mais legal excelentes professores e uma instituição de boa reputação. Tô dentro e você??

A FTSA lança para o ano de 2010 o curso FORMAÇÃO MISSIONÁRIA A DISTÂNCIA (FORMAD), com ênfase na formação missionária para diversos contextos da Missão. É um curso com uma carga horária de 1600 horas/aula mais 200 horas de estágio na área escolhida para ênfase do curso e tem 02 (dois) anos de duração e ao longo do seu percurso contará com a presença de vários professores especialistas nas áreas de diversas partes do país e do mundo.

O curso conta com a Coordenadoria do missionário e professor Gedeon J Lidório Jr (que é o atual Coordenador de Educação a Distância da FTSA) e a consultoria direta do missionário Ronaldo Lidório, que trabalhou na elaboração do currículo e também ministrará várias disciplinas ao longo do curso. Ao final dos dois anos a FTSA emitirá certificado de conclusão do curso que será envia de duas formas (emitido em PDF - digitalmente e enviado por e-mail) e pelo correio tradicional no endereço que o aluno fornecer.

O curso contará com 4 ênfases, que o aluno/a poderá escolher para cursar sua especialização no quatro (e último) semestre do curso e poderá ser: MISSÕES TRANSCULTURAIS, ANTROPOLOGIA MISSIONÁRIA, MISSÃO URBANA ou LINGÜÍSTICA (veja mais detalhes na grade curricular).

Para o primeiro semestre contaremos com as seguintes disciplinas e seus professores:

Fevereiro 2010 - Educação Missiológica a Distância - Prof. Dr. Jorge Henrique Barro
Março 2010 - Teologia e Prática da Missão Integral - Prof. Ms. Jonanthan Memezes
Abril 2010 - Panorama Histórico do Cristianismo Mundial - Prof. Dr. Wander de Lara Proença
Maio 2010 - Teologia Bíblica do Plantio de Igrejas - Prof. Dr. Ronaldo Lidório
Junho 2010 - Exegese Bíblica - Antigo Testamento (Hermenêutica e Análise Instrumental do Hebraico AT) - Prof. Esp. Gedeon José Lidório Jr

O curso será ministrado em disciplinas modulares via internet (online) tendo a sua época de oferta vinculada ao mês do semestre descrito acima, através do sistema de aprendizagem virtual da Faculdade Teológica Sul Americana.

Investimento: R$ 127,00 (mensais) ou R$ R$ 110,00 (disciplina avulsa - nesse caso podem ser feitas apenas 2 por semestre).

Inscreva-se ainda hoje e garanta sua vaga.

Confissões velhas em um ano novo.


Poderia iniciar o ano cheio de planos, projetos, fôlego renovado, e muita vontade de fazer uma série de coisas diferentes do que fiz no passado. Há muito por fazer nesse ano, não muito diferente do que foi no ano passado; tenho sonhos bons e projetos fascinantes pela frente. Por isso, penso nisso sim (sem um pouco de luz, quem sobreviveria?); mas, agora que dei um tempo na urgência do “fazer”, tenho pensado em outras coisas, tais como velhos modos de ser que se perpetuam inadvertidamente ano após ano, em relação aos quais as festas e ornamentações rebuscadas de fim de ano tentam me manter distante, mas não conseguem...

E o que me faz nesse tempo de grande euforia, misturada com calmaria, arrazoar a esse respeito? Sei lá, talvez uma compulsão estranha por balanços, avaliações, conversas com a alma, fruto de uma inquietude que não se afasta de meu ser, mesmo quando estou “fora do ar”. Tem gente que prefere não falar, outros preferem ignorar, outros quem sabe são tão relaxados com tudo, que não veriam nada de errado em coisa alguma; todas as coisas são como as rosas. Pode ser; só que minha tendência é pensar: rosas também têm espinhos. E espinhos são coisas que machucam com o toque; espinhos na carne.

Quando vivo tempos de grande alegria e tranqüilidade penso na bondade, experimento a graça divina nas pequenas coisas, expressão do cuidado paternal. Em meio a isso tudo, ainda me encontro com os tais espinhos na carne. Parece que, não obstante impere o espírito de descanso, meus erros infantis não tiram férias. Pode alguém fugir da parte de si mesmo que mais detesta? Acho que não. Paulo estava certo: o mal que eu detesto, esse eu faço; e o bem que eu prefiro, esse eu não faço. E o estranhamento que às vezes paira, é semelhante ao do salmista: “Por que estás abatida, oh minha alma, por que te perturbas dentro de mim?”. Ano novo, velho jeito de ser. Não fossem as misericórdias, que se renovam, e a graça (que eu quero continuar a crer que me basta), o que restaria? Nuvens, neblina, vaidade...

Ao mesmo tempo, resolvi há certo tempo, que nada de humano me seria mais estranho. Então por que agora estranho esse meu modo humano, “demasiado humano” – Kierkegaard diria “paradoxal” – de ser? Às vezes penso que sofro da síndrome de coerência – e quem é capaz, por mais que tente, de ser coerente o tempo todo? Então oro pra que Deus me ilumine rumo a uma vida coerente, e que Ele me livre das máscaras de uma falsa e pretensa coerência. Quero consistência, abomino a mera superficialidade. Quero aprender a viver um dia de cada vez, e dar tempo para que os velhos cacoetes, produzidos pelo pecado que habita em mim, entrem no estado de progressiva partida, ou que pelo menos possam ser controlados, no alvorecer da maturidade e do progresso na fé, em relação ao qual não desejo ficar estagnado, jamais.

Nesse ano novo, graças a Deus, e em nome da sanidade, ainda não me encontrei com as falsas promessas e esperanças, muito menos com agendas que nada têm a ver com a realidade e com o que sou; encontrei tão somente a mim mesmo, nu diante do espelho de velhas confissões, e mais nu ainda diante de Deus – quem poderia fugir de sua presença? – imerso em migalhas não sistemáticas do pensamento, frangalhos de sentimentos, porém, ainda confiante de que a graça me basta! Porque quando sou fraco, então é que sou forte. Acima de tudo, muito mais do que não ignorar a voz às vezes confusa da alma, não quero ignorar a voz do Pai, que não me abandona nunca: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação do deserto” (Hb 3.7).

Jonathan Menezes

Frases para se pensar, para se viver – Parte 8


Não quero viver um cristianismo que me custe apenas um ingresso.

Não vou barbanhar minha fé em troca dos manjares deste mundo.

Não quero outro legado, senão o de ter investido alguns minutos dos meus dias em amar o próximo.

Porque, geralmente, queremos falar que amamos as pessoas quando estas já partiram para outra?

O conformismo religioso é uma agência de turismo que financia viagens, só de ida, para o inferno.

Quando optamos viver pelos princípios, Deus mesmo é quem testifica da verdade.

Porque não gostamos de ministrações sobre pecado e arrependimento, se estas são as únicas capazes de nos levar a receber a salvação?

Acreditamos que sabemos todos os ingredientes que compõe o bolo de Deus. E mais, achamos que somos os únicos a conhecer o seu sabor.

Minha preocupação baseia-se em ficarmos analisando as teologias alheias e esquecermos de praticar a teologia prática do amor.

Nada me conforta mais do que sentir que estou nos braços do Pai.

A prisão da carne resulta na liberdade do Espírito.


Junior Della Mea
juniordm@gmail.com

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