quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sem espaços para fingimentos!!



Jesus chega ao âmago da questão quando deposita a criança sobre a perna. Ela não é muito centrada em si, e por isso não é cheia de achamentos e inibições, nem é dada a fingimentos.

Recordo-me da noite em que o pequeno John Dyer, três anos de idade, bate em nossa porta acompanhado dos pais. Olhei para bbaixo e disse:
_ Olá, John. Que bom ver você.
Ele não olhou nem para a direita, nem para a esquerda. Tinha o rosto rígido como uma pedra. Franziu a testa, meio cerrando os olhos com a mira apocalíptica de uma arma em posição de tiro.
_ Cadê os biscoitos? _ exigiu.

O reino pertence a pessoas que não estão tentando fazer parecer que são boas, nem buscando impressionar ninguém, muito menos a si próprias. Não ficam arquitetando meios de chamar a atenção para si, preocupadas com a forma em que suas ações serão interpretadas, nem se perguntando se guanharão medalhas por seu comportamento.

Vinte séculos depois, Jesus dirigi-se incisivamente ao asteca presunçoso que se deixou enrredar pelo narcisismo fatal do perfeccionismo espiritual, também àqueles de nós que se viram vangloriar-se de suas vitórias na vinha, àqueles de nós que se preocupam demasiadamente, fazendo estradalhaço, com suas fraquezas humanas e defeitos de caráter.

A criança não precisa lutar por uma boa posição que lhe permita relacionar-se com Deus.

Ao ver Natanael se aproximando,
disse Jesus:"Aí está um verdadeiro israelita,
em que não há falsidade".
João 1.47

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