sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Um Canto de vitória e esperança (2)
O que nos motiva e nos move a continuar cantando?
Assim como nós, o apóstolo Paulo também faz perguntas: Que diremos diante destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Não nos dará Deus, de graça, todas as coisas? Quem nos fará acusação?Quem nos condenará? Quem nos separará do amor de Cristo? (Rm 8.31-39).
Por trás de cada uma dessas perguntas, há uma afirmação: de que Deus está ao redor e no interior da vida, provendo, cuidando, libertando, agindo soberanamente, sendo Deus! Em Jesus Ele nos deu a maior prova de amor de todas, não poupando seu próprio Filho. E, em outras palavras, o que Paulo está dizendo aqui é que nada do que diz respeito a este mundo e a esta vida pode eliminar ou nos privar dos efeitos deste ato de amor de Deus!
Embora a declaração de que somos mais que vencedores tenha se tornado um clichê usado pelos dois primeiros grupos, a) os do canto triunfalista, e b) os do canto de negação, ela está mais associada com os do terceiro grupo, c) da afirmação e aceitação jubilosa.
Será que Paulo está aqui negando que existem condenação ou separação? Ou que tribulação, fome, nudez, perigo, espada, perseguição, angústia e morte têm poder sobre nós? No meu entendimento, não! Porque, se esse é o canto de Cristo, é o canto daquele que venceu a morte, porque antes passou por ela; é o canto daquele que nos deu a esperança da ressurreição e da vitória, mas não rejeitou o caminho da cruz e do fracasso. Ou seja, nós podemos ou vamos passar, ou já temos passado por isso tudo (vide o v. 36, em que se diz: "Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro").
O que nos move ou motiva a continuar cantando ao passar, é que nenhuma delas tem poder suficiente para nos apartar do amor de Cristo! Nenhuma! Nada! Assim...
O cântico do amor é o que aumenta nossa fé e nos dá esperança!
Sempre acreditei, contra todas as falsas expectativas e os falsos sentimentos, que o AMOR é a mais sublime e necessária de todas as virtudes, marca da imagem de Deus em nós...
Não porque seja um sentimento, mas porque é e se traduz em ação! Ação que nunca julga se é justo ou injusto pagar, com a própria vida se preciso for, para que outros vivam. Por isso o amor é permeado pela dor e a incompreensão. Que razão, por mais inteligente que seja, consegue compreender o amor?
Jesus foi essa pessoa... Permeado de incompreensão, de dor, de amor – e por isso da maior alegria! A alegria que nada pode arrancar, pois não depende das circunstâncias. Por seu exemplo podemos hoje dizer, crer, esperançar: a morte não é o fim, é o começo! Nada pode nem poderá nos separar do seu amor!
Jonathan
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Como entoar um cântico de vitória e esperança em meio às adversidades?
- Uma delas, diz respeito a "cantar vitória", porque assim fazendo, "chamamos" a vitória para o nosso lado. Esse é o canto triunfalista. Talvez um dos mais populares hoje em dia...
- Outra, é o que podemos chamar de canto de "negação". É o canto que nega a realidade, pois nos afasta dela. É o canto que nos dá doses de ilusão, de que tudo está sob controle e vai ficar bem, mesmo que nada esteja bem e, por certo tempo, nem vá ficar bem...
- o terceiro canto é o canto da "afirmação" e aceitação jubilosa. Aqui, reconhece-se a realidade, lamenta-se por ela, contudo, a realidade, por mais dura que possa ser, não pode paralisar o canto. porque o canto, não nega e não está apartado da realidade...
A terceira forma de ser e cantar é a que mais me parece condizer com osmuitos exemplos das Escrituras. E aqui quero ilustrar com 2 poetas. Ninguem melhor do que eles para nos flar nessas horas... Eugene Peterson disse que os poetas são "pastores de palavras", pois eles lidam com respeito e reverência tanto as palavras, quanto a realidade que elas apresentam.
1 exemplo: o rei-poeta Davi. É uma daqueles que nos lembra a integridade que devemos ter. Nossos cânticos devem ser expressão do que vivemos. Davi cantava o que vivia.
Como a corsa anseia por água corrente, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus? Minhas lágrimas tem sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: "Onde está o seu Deus?". Quando me lembro destas coisas choro angustiado, pois eu costumava ir com a multidão, conduzindo a procissão à casa de Deus, com cantos de alegria e de ação de graças entre a mltidão que festejava. Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão pertubada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus. (Salmo 42: 1-6) .
2 exemplo: o profeta-poeta Habacuque. A situação do profeta e do povo era de escuridão.Mas seu canto é uma das mais bonitas expressões de afirmação e aceitação jubilosa.
Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas na videira, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda sim eu exultarei no Senhor me alegrarei no Deus da minha salvação. O Senhor, o Soberano, é a minha força, ele faz os meus pés como os do cervo; faz-me andar em lugares altos. (Habacuque 3.17-19)
Sinto que nós precisamos de um canto de afirmação: da vida, apesar da morte; da esperança, apesar do desmoronamento de expectativas; de alegria, em meio a tristezas; de vitória, não obstante as perdas.
Continua...
Jonathan Menezes
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
O que é o ORGULHO?
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Assim como Davi
Salmo 51.3
Gostaríamos de pensar que nossos líderes espirituais não cometem pecados, mas a realidade nos diz que nenhum cristão está isento dos fardos da natureza pecaminosa. Paulo falou aos crentes de Colossos para "fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena" (Colossenses 3.5). O problema é que às vezes não fazemos isso. Cedemos à tentação e ficamos atordoados. Mas não nos tornamos inúteis. Temos um padrão a seguir em busca de restauração.
Tal padrão nos é dado pelo rei Davi; cujo pecado demosntrou as tristes consequências por sucumbir à tentação, através dos seus exemplos e dos salmos que escreveu. Observe atentamente o Salmo 51, veja como Davi reagiu ao seu pecado. Primeiro, ele se lançou aos pés de Deus, implorando misericórdia, reconhecendo seu pecado e confiando no julgamento do Senhor. (vv. 1-6). Em seguida, ele procurou o único que poderia perdoar e purificá-lo (vv. 7-9). Finalmente, Davi pediu por restauração com a ajuda do espírito Santo (vv. 10-12).
O pecado está roubando sua alegria e interrrompendo seu relacionamento com o Senhor? Assim como Davi, volte para Deus.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Os 3 últimos desejos de Alexandre O GRANDE!
À beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus 3
últimos desejos:
1 - que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos melhores médicos da época;
2 - que fossem espalhados no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...); e
3 - que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou:
1 - Quero que os mais eminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2 - Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.
(Autor desconhecido)
quarta-feira, 21 de julho de 2010
A difícil tarefa de perdoar ( 3 )
Nínive, que já não mais existia quando essa história foi escrita, é símbolo da cidade má e opressora... É lugar dos degredados, dos maliciosos, dos “sem-Deus”. Os ninivitas eram, aos olhos de Jonas, indignos do perdão divino, merecedores da condenação e morte ("nossa justiça"). Nosso sentimento em relação ao outro, que nos ofende (nossos ninivitas), pode demonstrar o que desejamos de Deus: que castigue, condene, faça justiça (histórias que ouvimos por aí).
Nessa história, a justiça divina identifica o pecado (Jonas 1.2), mas não condena Nínive. O Deus que perdoa condena o pecado, desejando libertar o pecador. Nossa postura é inversa: não conseguimos separar; a pessoa é igual ao seu pecado.
A tendência humana é reconhecer o outro pelo que ele faz; o que ele faz, é o que ele é. Aí entra o confronto com o olhar divino. Enquanto Jonas vê pecadores indignos e imperdoáveis, Deus vê 120 mil pessoas que não sabem distinguir o certo do errado (Jonas 4.11). Então, o que as pessoas fazem pode ser apenas um lado do que elas são. Quem sabe o lado que seu eu ferido, acuado, amedrontado, cego, infeliz, abusado, permite mostrar.
Posso, então, me despertar para o fato de que o outro também é amado e perdoado por Deus; de que sou pecador e indigno tanto quanto ele; que, se a justiça implacável tivesse de ser implantada, não seria somente ao outro, mas a mim. Não há um justo sequer na terra, que pratique o bem e não peque (Ec 7.20). Como eu, o outro também enfrenta a difícil tarefa de perdoar; todos têm dificuldades, alguns menos, outros mais... E que, o que mesmo Deus faz ao ofendido, também faz ao ofensor: perdoar e nos convidar a fazer o mesmo. Justiça e perdão em Deus não estão separados.
Algumas breves implicações:
1. Se perdoar é uma atividade complexa, não se cobre tanto, nem ao outro, uma resposta imediata. Dizer “eu te perdôo”, pode ser simples, o perdão nem sempre...
2. Quando você não tiver forças pra liberar perdão, apenas disponha-se, e deixe Deus cuidar do processo de cura e cicatrização das feridas que ficaram...
3. Não espere que o tempo volte, e nem que o outro mude para você mudar. Entrar no programa de perdão divino é uma decisão pessoal; o risco e o preço é todo seu.
4. Se não podemos apagar o que passou, podemos pedir auxílio a Deus para nos ajudar a tratar do que ficou daquilo que passou, e crer que o poder de consolo do Consolador vai gerar o poder de cura e perdão em nossas vidas. Que Deus nos abençoe e não permita que a gente desista de entrar no seu programa de perdão.
Jonathan Menezes
A difícil tarefa de perdoar ( 2 )
Como Jonas, repetindo, somos versados nesse negócio de perdão e até bem conscientizados a respeito. Porém, teimosia, rancor, mágoa, hipocrisia, falsidade, personalidade, entre outros fatores, nos conduzem à fuga muitas vezes. Társis, uma colônia fenícia ao sul da Espanha, é a representação desses “lugares de fuga”
Vamos para Társis, quando não queremos lidar com uma situação de desconforto...
Vamos para Társis para não sermos confrontados por algo que fizemos...
Vamos para Társis todas as vezes que queremos evitar alguém (pessoa indesejada)...
Társis é lugar de refúgio, contra si mesmo, contra Deus, contra os outros... Para mim, Társis é a representação de um lugar onde eu possa me ver “livre de cargas”, de deveres. Em Jonas, esse dever era pregar arrependimento (condenação) pelo pecado, sabendo que Deus poderia (e provavelmente iria) mudar o curso, aplicando seu programa de perdão.
Nós também queremos nos ver livre de cargas. Mas quando é outra pessoa que está em débito conosco, queremos que ele/a pague com juros. Vivemos, assim, a contradição de Jonas: recebe o perdão divino, mas é incapaz de fazer o mesmo com os ninivitas (ver 2.10; 4.1; ou como o “servo mau”, de Mt 18.32-35).
Então, conscientemente ou não, fazemos nossos planos de punição. Qual será a melhor maneira de punir aquela pessoa por aquilo que ela me fez? Quem sabe "dando um gelo nela", pagando na mesma moeda, punindo com rancor e falta de perdão (quando nós mesmos é quem estamos sendo punidos), ou orando pra que Deus faça a sua "justiça" e a castigue pra valer. Em termos de ser humano (Jonas), há muitas possibilidades nesse item...
Uma das virtudes dessa história, portanto, é a de fazer com que eu me reconheça: primeiro em Jonas, o fujão, “reclamão”, impiedoso, para, quem sabe, poder me reconhecer em Deus, amoroso, misericordioso, gracioso, e que perdoa.
(Continua...)
Jonathan Menezes
A difícíl tarefa de perdoar ( 1 )
Após certo tempo na caminhada de fé, passamos a lidar com certos assuntos como peritos. Perdão é um deles. É simples: Deus diz que a gente tem que procurar o irmão pra se reconciliar, antes de dar uma oferta (Mt 5.23-24); que devemos perdoar até 70 vezes 7 (18.22); e nós ainda oramos: “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Daí, nos damos conta de que Deus, no curso da história, tem um projeto de reconciliação, e nos inclui. Então, de novo, parece simples, vamos executar o projeto.. Mas não é... Quando esbarramos em dificuldades (internas e externas) à execução desse projeto, percebemos que perdoar é uma atividade complexa, uma tarefa difícil.
Olhemos para a conturbada história de Michael Jackson e sua família (especialmente seu pai). É a história de alguém que alega ter sido ferido na infância, carregou as marcas disso na vida, nunca conseguiu perdoar e terminou botando em prática um “plano de punição”. Essa história me fez pensar sobre como lidamos com as ofensas que recebemos e fazemos.
Como lidar com um amigo que nos trai? Como tratar um pai, que abusou de você na infância? De que maneira agir com um irmão que me deve?
A resposta prática de Deus na Bíblia, se chama perdão. Mas quando estamos machucados, o perdão não soa um negócio assim tão romântico. Queremos punição, justiça... Como transformar nossos planos de punição em um programa de perdão? Ao olhar para a história de Jonas, talvez o processo possa ser do reconhecimento de certas coisas à ação.
Em primeiro lugar, precisamos reconhecer quem Deus é nessa história
Desde o princípio, Deus teve de lidar tanto com a potência para o pecado como com o pecado efetivo no ser humano. Em resposta, ele se irou, se arrependeu de ter criado, permitiu que as consequências da ofensa viessem contra as próprias pessoas, porque ensinou que pecado tem consequências.
Mas, Ele é amor. Então escolheu a via do perdão e da reconciliação, por pura Graça... Na definição de Miroslav Volf, perdoar “é oferecer aos ofensores a dádiva de não condená-los pelo seu erro”. Assim, Deus revela seu caráter, que Jonas (4.2) conhecia muito bem: “És Deus misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que prometes castigar, mas depois te arrependes”.
A mais direta implicação desse reconhecimento é ser recrutado para o “programa de perdão” de Deus, que era o que Jonas deveria ter feito. Mas (1º) ele fugiu, e (2º) ele murmurou perante o resultado de ter pregado para Nínive: “Eu sabia Deus que você é pronto, como na queda de um chapéu, a transformar seus planos de punição em um programa de perdão” (The Message).
(Continua...)
Jonathan Menezes
Os irmãos tentados
terça-feira, 22 de junho de 2010
Medite nestas coisas!!
magestade e nas tuas maravilhas.
Salmo 145.5
Alguns cristãos tornam-se um pouco céticos quando você começa a falar sobre meditação sem enxergar a grande diferença entre a meditação bíblica e alguns tipos de meditação mística. Na meditação mística, conforme uma das explicações, "a mente racional é levada a neutralidade... para que a psique possa assumir o controle". O foco é interior e o objetivo é "tornar-se um com Deus".
segunda-feira, 21 de junho de 2010
ontra fatos não há argumentos. Será??
Uma das idéias das quais nos abastecemos – os historiadores mais ainda – é a de que fatos existem lá fora. Um fato pode ser entendido genericamente como um fenômeno humanamente reconhecível, e ordenado a partir do tempo e do espaço. Para muitos, fatos são “dados”, isto é, informações que emanam naturalmente dos ocorridos e que, por uma pura observação, caem em nossos colos prontos para serem divulgados. Não foram mexidos, como podem ser os ovos, nem modificados pelo olhar humano. Aliás, para que fatos sejam mesmo fatos, ter-se-ia de ignorar o tal olhar. E o pior é que nisso tudo ainda se propaga a fábula da “tabula rasa” de David Hume, que pressupõe a pura recepção da mente humana dos dados da experiência, demarcando uma continuidade entre o dado, a recepção e o conhecimento.
Assim, tal fábula se faz disseminar entre nós por meio do senso comum de que “contra fatos, não há argumentos”, já que o fato “fala por si mesmo”, e nosso papel é apenas o de descrevê-lo tal como ele é, sem tirar, nem pôr. Eles emergem das coisas. Embora muita gente ainda pense assim, há muito tempo existem argumentos levantados por diferentes vozes contra tal percepção de um fato. Uma delas é a de que o fato não é um dado proveniente do mundo externo, mas uma criação proveniente do olhar humano. Logo, aquilo que recebemos como “fato”, contra qual não se poderia ter argumento, surge precisamente de outros argumentos, ou informações suscitadas por alguém, que não “caíram no colo”, nem foram “dadas” e sim produzidas pela linguagem.
É óbvio que isso se aplica ao campo do conhecimento, que surge precisamente desse olhar para a realidade. Não se trata de ciência exata aqui, mas humana (melhor deixar claro, antes que alguém venha dizer que acredita ser um fato que 2 + 2 é igual a 4). Fatos, assim, são construções, à medida que passam pelo filtro do olhar, que naturalmente resulta em interpretação e, por fim, em um enunciado. Não se pode, por mais que se tente, eliminar todas as interpretações naturais, como defendeu Paul Feyerabend. E toda tentativa de fazê-lo, ainda segundo ele, seria autodestrutiva, ou, como disse C. S. Lewis, é aceitar a “oferta do Bruxo”.
Contra tal positivismo, que dizia “há apenas fatos”, Nietzsche respondeu: “Ao contrário, fatos é o que não há; há apenas interpretações”. Sei que para muita gente isso ainda pode parecer um tanto subversivo, e para outros, questão ultrapassada. Mas ainda se pode ouvir, aqui e acolá, o dito que “contra fatos...”. Bem, e se os fatos, em si, já são de certo modo argumentos (enunciados)? Então, não se pode aferir que não há argumentos contra argumentos, concorda? Teorias são criações provenientes da interpretação – diversa, lacunar, contraditória – e, portanto, sujeitas a permanente reformulação. Diz-se que os fatos podem refutar as teorias, e eu pergunto: quais? Aqueles, resultantes da mesma fonte de onde provêm as teorias, isto é, o olhar humano?
Penso que não há nada “por trás dos fatos” que proteja uma afirmação categórica humana de um exame crítico – até porque, por trás dos fatos, diria Feyerabend, estão seus “componentes ideológicos”. Aliás, a menos que esteja protegida pela “aura” do dogma, nenhuma teoria, tampouco essa que defendo, está isenta de um exame crítico. Se não é possível excluir a interpretação da atividade de conhecer, continuemos examinando criticamente as interpretações uns dos outros, nessa busca desenfreada pela verdade, que nos escapa. Se uma interpretação “não servir”, substitua por outra, e assim sucessivamente. No dia em que virmos o original, face a face, então a ciência terá chegado ao fim, parafraseando Rubem Alves... No dia em que virmos face a face, então conheceremos como somos conhecidos, e a vida já não será a mesma!
Jonathan
Fanáticos Religiosos!!
sexta-feira, 4 de junho de 2010
RETRIBUIR!!
UAU!!!
UAU!
Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses?
Quem é como tu, glorificado em santidade,
Terrível em feitos gloriosos,
Que operas maravilhas?
Êxodo 15.11
Em um dia tempestuoso de junho, fui com minha família em férias para as montanhas Rochosas do Canadá.
Visitamos um local turístico que meu guia recomendava como: deve ser visto. O vento gelado me fez relutar em caminhar, até que vi um grupo de pessoas retornando daquela paisagem panorâmica. Vale a pena ir lá? Perguntei. E eles responderam: é claro que sim! Isso nos incentivou a prosseguir. Quando finalmente alcançamos o local, sua beleza nos deixou virtualmente mudos. UAU! Foi tudo o que conseguimos expressar.
Paulo atingiu esse ponto quando escreveu sobre a obra de Deus na salvação dos judeus e dos gentios no livro aos Romanos. Três atributos de Deus também o emudeceram, assim como faz comigo.
Primeiro: Deus é onipresente (Romanos 11.33). Seu plano perfeito de salvação nos mostra que Ele tem soluções muito melhores aos problemas da vida do que somos capazes de imaginar.
Segundo: Deus é onisciente. Seu conhecimento é infinito. Ele não precisa de conselheiro (Romanos 11.34) e nada o surpreende!
Terceiro: Deus é onipotente (Romanos 11.35) Ninguém pode dar a Deus o que Ele primeiro não tenha dado. Nem alguém pode retribuir-lhe por sua bondade.
Podemos dizer como Moises, “Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?” Ex 15.11
Que Deus maravilhoso é aquele que servimos!!
Vemos a majestade de Deus em Seu caráter e em sua criação!!!
Um forte abraço a todos!!
Késia
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Qual é a próxima?
(...) prossigo para o alvo, para o prêmio da
Soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. – Fl 3.14
Em uma série que passou na televisão, o presidente de um país fictício normalmente terminava as reuniões de equipe com três palavras – “E a próxima?”
Era a sua maneira de sinalizar que a questão anterior estava encerrada e que estava pronto para seguir em frente.
As pressões e responsabilidades da vida no palácio do governo exigiam que ele não concentrasse sua atenção no que estava no espelho retrovisor – ele precisava manter o olhar adiante e seguir em frente.
Em certo sentido, o apóstolo Paulo tinha uma perspectiva de vida semelhante. Ele sabia que não tinha “chegado lá” espiritualmente e que havia um longo caminho pela frente para se tornar parecido com Cristo. O que ele poderia fazer? Poderia agarrar-se ao passado, com seus fracassos, decepções, lutas e disputas, ou poderia aprender com aquelas experiências e prosseguir, em direção à próxima.
Em Filipenses 3, Paulo nos diz como decidiu viver sua vida: (...) esquecendo-me das coisas que trás ficam e avançando para as que adiante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (VV. 13-14). É uma perspectiva que impulsiona para a frente – para abraçar o futuro. É isso que também precisamos ansiar, enquanto buscamos ser transformados à imagem do Salvador e aguardamos pela eternidade com Ele.
Não viver do passado, nem usar fracassos para impedir sua caminhada, são posturas necessárias para aqueles que desejam permanecer e estar em busca do grande prêmio.
As amarras dos erros passados só prendem aqueles que desejam viver assim, sem nenhuma perspectiva e sem desejo de seguir em frente.
A cada novo dia Deus nos dá a oportunidade de recomeçarmos e seguir em frente e dizer – “ E a próxima?”
Eu desejo seguir para a próxima e você?
Um abraço
Késia
sexta-feira, 5 de março de 2010
PAZ!!!
quarta-feira, 3 de março de 2010
As exigencias do amor!!
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Confiança - No âmago do reino vindouro!!
Todos os dias Jesus se via cercado por pessoas encurvadas, por vítimas de feridas purulentas e membros mirrados, por mudos e surdos. O efeito líquido que toda essa miséria humana exercia sobre ele não era deprimi-lo. A única acusação que ele lançava contra qualquer pessoa - sempre os espectadores, jamais a vítima - era a falta de confiança em Deus.
A questão predominante para cada judeu era como instaurar o reino do Deus de Israel. Jesus propôs um único caminho - o da confiança. Jesus não pediu a seus discípulos que confiassem em Deus; ele ordenou que confiassem em Deus. Confiar em Deus não era alguma característica secundária do ensinamento de Jesus; era seu cerne, seu centro. Isso e somente isso apressaria o reino de Deus.
Achamos, no entanto, que a confiança amenizará a confusão, amortecerá a dor, remirá os tempos. a nuvem de testemunhas de Hebreus 11 testifica que não é assim. Nossa confiança não traz a clareza definitiva nesta terra. Não ameniza o caos, nem amortece a dor, nem fornece uma muleta. Quando tudo o mais é impreciso, o âmago da confiança diz: "Nas tuas mãos entrego o meu espírito".
"Vá reuni todos os judeus que estão em Susã,
e jejuem em meu favor. Não comam nem bebam
durante três dias e três noites.
Eu e minhas criadas jejuaremos com vocês.
Depis disso irei ao rei, ainda que seja contra a lei.
Se eu tiver que morrer, morrerei".
Ester 4.15-16
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
HOJE - Não ontem nem amanhã!!
O apóstolo Paulo captou o pleno significado do ensino de Jesus sobre livrar-se da preocupação. Fazendo as vezes de cabide de túnicas durante o apedrejamento de Estevão e atuando como mentor da matança dos cristãos, Paulo bem poderia ter se tornado um caso patológico se tivesse permanecido em seu estado pré-cristão.
No entanto, Paulo escreve: "... mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo..." Fp 3.12-14
Quaisquer realizações passadas que possam nos trazer honra, quaisquer desonras passadas que possam nos envergonhar, todas foram crucificadas com Cristo e não mais existem.
Mas a preocupação não se limita ao passado. Quando a mente dirige seu olhar ao futuro desconhecido, pode produzir situações aterrorizantes que também nos mantém em estado crônico de preocupação.
Essa preocupação com o futuro impede que estejamos atentos ao presente vivo. As tradições espirituais continuamente ressaltam esse problema. Um dos ensinos mais memoráveis de Jesus contém este contraste: "não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis (futuro) de comer, ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. [...] Olhai (presente) para as aves do céu..." Mt 6.25-34 Ele conclui o ensino com uma peça de humor negro que tem ajudado muitas pessoas a refrear a mente galopante: "Basta a cada dia o seu mal".
Encarregar-se do momento presente, observando-o surgir e contribuindo para sua criação, é uma das primeiríssimas habilidades da vida espeiritual.
andemos na luz do Senhor!
Isaias 2:5
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Sem espaços para fingimentos!!
Recordo-me da noite em que o pequeno John Dyer, três anos de idade, bate em nossa porta acompanhado dos pais. Olhei para bbaixo e disse:
_ Olá, John. Que bom ver você.
Ele não olhou nem para a direita, nem para a esquerda. Tinha o rosto rígido como uma pedra. Franziu a testa, meio cerrando os olhos com a mira apocalíptica de uma arma em posição de tiro.
_ Cadê os biscoitos? _ exigiu.
O reino pertence a pessoas que não estão tentando fazer parecer que são boas, nem buscando impressionar ninguém, muito menos a si próprias. Não ficam arquitetando meios de chamar a atenção para si, preocupadas com a forma em que suas ações serão interpretadas, nem se perguntando se guanharão medalhas por seu comportamento.
Vinte séculos depois, Jesus dirigi-se incisivamente ao asteca presunçoso que se deixou enrredar pelo narcisismo fatal do perfeccionismo espiritual, também àqueles de nós que se viram vangloriar-se de suas vitórias na vinha, àqueles de nós que se preocupam demasiadamente, fazendo estradalhaço, com suas fraquezas humanas e defeitos de caráter.
A criança não precisa lutar por uma boa posição que lhe permita relacionar-se com Deus.
disse Jesus:"Aí está um verdadeiro israelita,
em que não há falsidade".
João 1.47
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
O mistério da pessoa de Deus!!
Acaso, entraste nos mananciais do mar...?
Jó 38.16
Algumas coisas da natureza têm de permanecer como um mistério para as mais inteligentes e perscrutadoras investigações. O conhecimento universal é algo que se restringe exclusivamente a Deus. Se isto é verdade no que diz respeito às coisas temporais e visíveis, é muito mais verdade ainda no que se refere aos assuntos espirituais e eternos. Por que, então, eu tenho torturado o meu cérebro com especulações sobre o destino, a vontade, a fatalidade estabelecida e a responsabilidade humana? Não sou capaz de compreender estas verdades profundas e obscuras, assim como não sou capaz de sondar as profundezas das quais os oceanos extraem seu estoque de água. Por que sou tão curioso para saber a razão das providências de meu Senhor e os motivos de suas ações? Quando eu terei a capacidade de segurar o sol em meu punho e agarrar o universos nas palmas de minhas mãos? Mas estas coisas são apenas uma gota em um balde de água, se comparadas com o Senhor, meu Deus.
Jamais devo me esforçar para entender o infinito; ao contrário disso, devo gastar minhas energias em amor. Aquilo que não posso ganhar por meio do intelecto posso obter por meio das afeições. Isto deve satisfazer-me. Não posso penetrar o coração dos oceanos, mas posso desfrutar das brisas saudáveis que sopram sobre ele e velejar sobre as suas ondas azuis. Se eu pudesse entrar nas fontes dos oceanos, esta façanha não teria um propósito útil para mim, nem mesmo para as outras pessoas. Isto não salvaria o navio que naufragou, como não traria de volta à sua esposa entristecida e a seus filhos o marinheiro que morreu afogado. Tampouco o meu desvendamento de mistério profundos provaria qualquer coisa. O menor amor para com Deus e o mais simples ato de obediência a Ele são melhores do que o mais profundo conhecimento. Meu Senhor, deixo contigo o infinito e rogo que Tu me guardes do amor pela árvore do conhecimento, o que me privaria da árvore da vida.
FONTE: Charles Haddon Spurgen.com
Servindo a Deus com Alegria!!!!
George Müller, 1805-1898, foi um gigante da fé; é conhecido pelos orfanatos na Inglaterra que iniciou e que foram mantidos pela oração, sem pedir ofertas a ninguém.
Fonte: O Arauto da Sua Vinda, Ano 26 nº 5 - Setembro/Outubro 2008