quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Como entoar um cântico de vitória e esperança em meio às adversidades?



É fácil cantar cânticos de vitória quando se é vitorioso; de alegria, quando se está alegre; e de esperança, quando as coisas que esperávamos acontecer, aconteceram. Só que o mais louco e contraditório da vida cristã, vida na fé, é que tantas vezes, e pela mais variada razões, somos incentivados a cantar, apesar das circunstâncias. Mas, como podemos ser honestoscom a vida, com as pessoas, com Deus e com nossos próprios sentimentos diante das perdas, e ainda sim, cantar?

Temos conhecido algumas formas de se fazer isso no cristianismo atual:

  1. Uma delas, diz respeito a "cantar vitória", porque assim fazendo, "chamamos" a vitória para o nosso lado. Esse é o canto triunfalista. Talvez um dos mais populares hoje em dia...


  2. Outra, é o que podemos chamar de canto de "negação". É o canto que nega a realidade, pois nos afasta dela. É o canto que nos dá doses de ilusão, de que tudo está sob controle e vai ficar bem, mesmo que nada esteja bem e, por certo tempo, nem vá ficar bem...


  3. o terceiro canto é o canto da "afirmação" e aceitação jubilosa. Aqui, reconhece-se a realidade, lamenta-se por ela, contudo, a realidade, por mais dura que possa ser, não pode paralisar o canto. porque o canto, não nega e não está apartado da realidade...

A terceira forma de ser e cantar é a que mais me parece condizer com osmuitos exemplos das Escrituras. E aqui quero ilustrar com 2 poetas. Ninguem melhor do que eles para nos flar nessas horas... Eugene Peterson disse que os poetas são "pastores de palavras", pois eles lidam com respeito e reverência tanto as palavras, quanto a realidade que elas apresentam.

1 exemplo: o rei-poeta Davi. É uma daqueles que nos lembra a integridade que devemos ter. Nossos cânticos devem ser expressão do que vivemos. Davi cantava o que vivia.

Como a corsa anseia por água corrente, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus? Minhas lágrimas tem sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: "Onde está o seu Deus?". Quando me lembro destas coisas choro angustiado, pois eu costumava ir com a multidão, conduzindo a procissão à casa de Deus, com cantos de alegria e de ação de graças entre a mltidão que festejava. Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão pertubada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus. (Salmo 42: 1-6) .

2 exemplo: o profeta-poeta Habacuque. A situação do profeta e do povo era de escuridão.Mas seu canto é uma das mais bonitas expressões de afirmação e aceitação jubilosa.

Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas na videira, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda sim eu exultarei no Senhor me alegrarei no Deus da minha salvação. O Senhor, o Soberano, é a minha força, ele faz os meus pés como os do cervo; faz-me andar em lugares altos. (Habacuque 3.17-19)

Sinto que nós precisamos de um canto de afirmação: da vida, apesar da morte; da esperança, apesar do desmoronamento de expectativas; de alegria, em meio a tristezas; de vitória, não obstante as perdas.


Continua...


Jonathan Menezes

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O que é o ORGULHO?

É um sentimento de amor a si próprio que leva a pessoa a ter uma idéia exagerada a respeito de seus próprios méritos, e que a leva, comumente, a tentar atrair a apreciação e o louvor dos outros. Orgulho, ou soberba, é a exaltação que a pessoa faz de si mesma, considerando-se superior aos outros. Esse sentimento está completamente contrário aos ensinamentos da Palavra de Deus, que nos exorta a sermos humildes.

A Bíblia condena o orgulho -
1) Salmo 19
12. Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas.
13. Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão.

Davi roga a Deus que o livre da soberba, para que esta não o domine. Então ele será sincero e ficará livre de grande transgressão. Não somente o orgulho já é uma transgressão, mas o orgulho leva o orgulhoso a ir quebrando todos os preceitos de Deus, e se torna culpado de muitas e grandes transgressões.

2) Provérbios 8
13. O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os aborreço.

Entre as coisas que a pessoa que teme a Deus deve aborrecer está a soberba.

3) Daniel 5
20. Quando, porém, o seu coração se elevou, e o seu espírito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glória.
21. Foi expulso dentre os filhos dos homens, o seu coração foi feito semelhante ao dos animais, e a sua morada foi com os jumentos monteses; deram-lhe a comer erva como aos bois, e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele.
22. Tu, Belsazar, que és seu filho, não humilhaste o teu coração, ainda que sabias tudo isto.
23. E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos os utensílios da casa dele perante ti, e tu, e os teus grandes, e as tuas mulheres, e as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste.

Daniel estava diante do rei Belsazar e interpretava para ele o sentido da mensagem que a mão de Deus havia escrito na parede, durante a orgia em seu palácio. Daniel lembrou-lhe o triste exemplo do rei Nabucodonozor: alcançara muito poder e glória, mas orgulhou-se e endureceu o seu coração, tornando-se soberbo e arrogante. Então Deus o derrubou, ele enloqueceu, e foi habitar com os animais, e com ele comia capim. O orgulho, pode levar as pessoas à queda e à ruína , porque a pessoa orgulhosa, não ouve a razão, não aceita conselhos nem admoestações, torna-se cada vez mais egoísta e cruel.

4) Provérbios 16
18. A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda.
A soberba precede à ruína, como aconteceu no caso de Nabucodonozor.

5) II Timóteo 3
1. Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis,
2. pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes,
3. desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem,
4. traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus,
5. tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.
O orgulho está entre as qualidades dos seres humanos maus que, como disse o Apóstolo Paulo, surgiram nos difíceis tempos da extrema corrupção.

Jesus condenou o orgulho -
Marcos 7
20. E dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina.
21. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios,
22. a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. 7.23 Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.

Vemos que Jesus ensinou que não é o que entra na pessoa que a contamina, mas o que sai da pessoa. Jesus se referia aos costumes cerimonialistas dos judeus, de lavar-se várias vezes, para ficarem espiritualmente puros. O que sai do homem, isso sim, é o que o contamina. São os males de sua natureza pecaminosa que brotam no seu coração sem Deus. E entre os vários males que o coração pecaminoso expele, Jesus mencionou também o orgulho: '... a soberba(orgulho)...(Mateus 7:22)'.

Lucas 14
7. Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes uma parábola:
8. Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu,
9. vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então, irás, envergonhado, ocupar o último lugar.
10. Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te-á isto uma honra diante de todos os mais convivas.
11. Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado.

Nessa passagem Jesus conta a parábola dos primeiros assentos e convidados, e exorta-nos a sermos humildes e prudentes, não nos engrandecendo aos nossos próprios olhos. No caso da parábola, aquele que, por se considerar importante, escolheu um lugar principal acabou sendo envergonhado. A lição dessa parábola, o próprio Senhor Jesus no-la dá: Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado. Isso acontece assim também diante de Deus.

Somos exortados a sermos humildes -
O sentimento contrário à soberba, ao orgulho, é a humildade. E nosso grande exemplo da humildade está na pessoa de Jesus.
Filipenses 2
1. Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias,
2. completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.
3. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.
4. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.
5. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
6. pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
7. antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,
8. a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.

A exortação do Apóstolo Paulo aos filipenses foi que procurassem ter o mesmo sentimento que houve em Jesus, isto é, o da humildade verdadeira. Ele se esvaziou, isto é, deixou a glória celestial, limitou até seus poderes, tendo se tornado homem, e como homem assumiu a culpa de nossos pecados e pagou nossas transgressões dando-se na cruz do Calvário. A obediência, o amor e o sacrifício são manifestações da humildade verdadeira.

Finalizando -
Acepção de pessoas, discriminação racial, antipatias, tratamentos rudes, descaridosos, ofensivos, desdenhosos ou humilhantes, palavras duras, ríspidas, ásperas ou grosseiras, conversas problemáticas, suspeitas, incertas ou duvidosas, caráter dúbio, atitudes falsas, comportamentos hipócritas ou vidas mentirosas, etc, etc, etc., são procedimentos que resultam do orgulho.

Examinemo-nos, descubramos quais os nossos procedimentos em relação aos nossos irmãos que são produzidos pelo orgulho, e arrependamo-nos.

Que Deus continue nos ajudando e nos abençoando! Que a Graça, a Paz e a Misericórdia do Senhor Jesus Cristo; que o Grande, Eterno, Infinito e Sublime Amor de Deus; e que as Consolações, o Conforto, a Comunhão e o Poder do Espírito Santo, sejam com todos os salvos, cidadãos da Pátria Celestial, hoje, sempre, eternamente! Amém!

Pastor Elcy França

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Assim como Davi

Pois eu conheço as minhas transgressões [...]
Salmo 51.3

Uma senhora idosa não gostava do jeito que seu pastor pregava a cada domingo, e lhe falou sobre isso. Ela se incomodava, pois antes de pregar, ele pedia perdão a Deus pelo pecado cometido na semana anterior. "Pastor", ela disse: "Não gosto de pensar que meu pastor peca."

Gostaríamos de pensar que nossos líderes espirituais não cometem pecados, mas a realidade nos diz que nenhum cristão está isento dos fardos da natureza pecaminosa. Paulo falou aos crentes de Colossos para "fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena" (Colossenses 3.5). O problema é que às vezes não fazemos isso. Cedemos à tentação e ficamos atordoados. Mas não nos tornamos inúteis. Temos um padrão a seguir em busca de restauração.

Tal padrão nos é dado pelo rei Davi; cujo pecado demosntrou as tristes consequências por sucumbir à tentação, através dos seus exemplos e dos salmos que escreveu. Observe atentamente o Salmo 51, veja como Davi reagiu ao seu pecado. Primeiro, ele se lançou aos pés de Deus, implorando misericórdia, reconhecendo seu pecado e confiando no julgamento do Senhor. (vv. 1-6). Em seguida, ele procurou o único que poderia perdoar e purificá-lo (vv. 7-9). Finalmente, Davi pediu por restauração com a ajuda do espírito Santo (vv. 10-12).

O pecado está roubando sua alegria e interrrompendo seu relacionamento com o Senhor? Assim como Davi, volte para Deus.

O arrependimento abre o caminho para caminharmos com Deus!!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Os 3 últimos desejos de Alexandre O GRANDE!




À beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus 3
últimos desejos:

1 - que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos melhores médicos da época;
2 - que fossem espalhados no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...); e
3 - que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou:

1 - Quero que os mais eminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2 - Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.


(Autor desconhecido)

Enviado por Leila Gregis

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A difícil tarefa de perdoar ( 3 )



Em terceiro lugar, precisamos reconhecer quem é o outro nessa história

Nínive, que já não mais existia quando essa história foi escrita, é símbolo da cidade má e opressora... É lugar dos degredados, dos maliciosos, dos “sem-Deus”. Os ninivitas eram, aos olhos de Jonas, indignos do perdão divino, merecedores da condenação e morte ("nossa justiça"). Nosso sentimento em relação ao outro, que nos ofende (nossos ninivitas), pode demonstrar o que desejamos de Deus: que castigue, condene, faça justiça (histórias que ouvimos por aí).

Nessa história, a justiça divina identifica o pecado (Jonas 1.2), mas não condena Nínive. O Deus que perdoa condena o pecado, desejando libertar o pecador. Nossa postura é inversa: não conseguimos separar; a pessoa é igual ao seu pecado.

A tendência humana é reconhecer o outro pelo que ele faz; o que ele faz, é o que ele é. Aí entra o confronto com o olhar divino. Enquanto Jonas vê pecadores indignos e imperdoáveis, Deus vê 120 mil pessoas que não sabem distinguir o certo do errado (Jonas 4.11). Então, o que as pessoas fazem pode ser apenas um lado do que elas são. Quem sabe o lado que seu eu ferido, acuado, amedrontado, cego, infeliz, abusado, permite mostrar.

Posso, então, me despertar para o fato de que o outro também é amado e perdoado por Deus; de que sou pecador e indigno tanto quanto ele; que, se a justiça implacável tivesse de ser implantada, não seria somente ao outro, mas a mim. Não há um justo sequer na terra, que pratique o bem e não peque (Ec 7.20). Como eu, o outro também enfrenta a difícil tarefa de perdoar; todos têm dificuldades, alguns menos, outros mais... E que, o que mesmo Deus faz ao ofendido, também faz ao ofensor: perdoar e nos convidar a fazer o mesmo. Justiça e perdão em Deus não estão separados.

Algumas breves implicações:

1. Se perdoar é uma atividade complexa, não se cobre tanto, nem ao outro, uma resposta imediata. Dizer “eu te perdôo”, pode ser simples, o perdão nem sempre...

2. Quando você não tiver forças pra liberar perdão, apenas disponha-se, e deixe Deus cuidar do processo de cura e cicatrização das feridas que ficaram...

3. Não espere que o tempo volte, e nem que o outro mude para você mudar. Entrar no programa de perdão divino é uma decisão pessoal; o risco e o preço é todo seu.

4. Se não podemos apagar o que passou, podemos pedir auxílio a Deus para nos ajudar a tratar do que ficou daquilo que passou, e crer que o poder de consolo do Consolador vai gerar o poder de cura e perdão em nossas vidas. Que Deus nos abençoe e não permita que a gente desista de entrar no seu programa de perdão.

Jonathan Menezes

A difícil tarefa de perdoar ( 2 )



Em segundo lugar, precisamos reconhecer quem nós somos nessa história

Como Jonas, repetindo, somos versados nesse negócio de perdão e até bem conscientizados a respeito. Porém, teimosia, rancor, mágoa, hipocrisia, falsidade, personalidade, entre outros fatores, nos conduzem à fuga muitas vezes. Társis, uma colônia fenícia ao sul da Espanha, é a representação desses “lugares de fuga”

Vamos para Társis, quando não queremos lidar com uma situação de desconforto...
Vamos para Társis para não sermos confrontados por algo que fizemos...
Vamos para Társis todas as vezes que queremos evitar alguém (pessoa indesejada)...

Társis é lugar de refúgio, contra si mesmo, contra Deus, contra os outros... Para mim, Társis é a representação de um lugar onde eu possa me ver “livre de cargas”, de deveres. Em Jonas, esse dever era pregar arrependimento (condenação) pelo pecado, sabendo que Deus poderia (e provavelmente iria) mudar o curso, aplicando seu programa de perdão.

Nós também queremos nos ver livre de cargas. Mas quando é outra pessoa que está em débito conosco, queremos que ele/a pague com juros. Vivemos, assim, a contradição de Jonas: recebe o perdão divino, mas é incapaz de fazer o mesmo com os ninivitas (ver 2.10; 4.1; ou como o “servo mau”, de Mt 18.32-35).

Então, conscientemente ou não, fazemos nossos planos de punição. Qual será a melhor maneira de punir aquela pessoa por aquilo que ela me fez? Quem sabe "dando um gelo nela", pagando na mesma moeda, punindo com rancor e falta de perdão (quando nós mesmos é quem estamos sendo punidos), ou orando pra que Deus faça a sua "justiça" e a castigue pra valer. Em termos de ser humano (Jonas), há muitas possibilidades nesse item...

Uma das virtudes dessa história, portanto, é a de fazer com que eu me reconheça: primeiro em Jonas, o fujão, “reclamão”, impiedoso, para, quem sabe, poder me reconhecer em Deus, amoroso, misericordioso, gracioso, e que perdoa.

(Continua...)


Jonathan Menezes

A difícíl tarefa de perdoar ( 1 )







Após certo tempo na caminhada de fé, passamos a lidar com certos assuntos como peritos. Perdão é um deles. É simples: Deus diz que a gente tem que procurar o irmão pra se reconciliar, antes de dar uma oferta (Mt 5.23-24); que devemos perdoar até 70 vezes 7 (18.22); e nós ainda oramos: “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Daí, nos damos conta de que Deus, no curso da história, tem um projeto de reconciliação, e nos inclui. Então, de novo, parece simples, vamos executar o projeto.. Mas não é... Quando esbarramos em dificuldades (internas e externas) à execução desse projeto, percebemos que perdoar é uma atividade complexa, uma tarefa difícil.

Olhemos para a conturbada história de Michael Jackson e sua família (especialmente seu pai). É a história de alguém que alega ter sido ferido na infância, carregou as marcas disso na vida, nunca conseguiu perdoar e terminou botando em prática um “plano de punição”. Essa história me fez pensar sobre como lidamos com as ofensas que recebemos e fazemos.

Como lidar com um amigo que nos trai? Como tratar um pai, que abusou de você na infância? De que maneira agir com um irmão que me deve?

A resposta prática de Deus na Bíblia, se chama perdão. Mas quando estamos machucados, o perdão não soa um negócio assim tão romântico. Queremos punição, justiça... Como transformar nossos planos de punição em um programa de perdão? Ao olhar para a história de Jonas, talvez o processo possa ser do reconhecimento de certas coisas à ação.

Em primeiro lugar, precisamos reconhecer quem Deus é nessa história

Desde o princípio, Deus teve de lidar tanto com a potência para o pecado como com o pecado efetivo no ser humano. Em resposta, ele se irou, se arrependeu de ter criado, permitiu que as consequências da ofensa viessem contra as próprias pessoas, porque ensinou que pecado tem consequências.

Mas, Ele é amor. Então escolheu a via do perdão e da reconciliação, por pura Graça... Na definição de Miroslav Volf, perdoar “é oferecer aos ofensores a dádiva de não condená-los pelo seu erro”. Assim, Deus revela seu caráter, que Jonas (4.2) conhecia muito bem: “És Deus misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que prometes castigar, mas depois te arrependes”.
A mais direta implicação desse reconhecimento é ser recrutado para o “programa de perdão” de Deus, que era o que Jonas deveria ter feito. Mas (1º) ele fugiu, e (2º) ele murmurou perante o resultado de ter pregado para Nínive: “Eu sabia Deus que você é pronto, como na queda de um chapéu, a transformar seus planos de punição em um programa de perdão” (The Message).

(Continua...)



Jonathan Menezes

Os irmãos tentados

[...] como, pois, cometeria eu tamanha
maldade e pecaria contra Deus?
Gênesis 39.9

Dois irmãos, ambos distantantes de casa, enfrentavam tentações semelhantes. Um, que trabalhava longe da família caiu na armadilha de uma mulher mais jovem.O seu pecado causou constrangimento e abalou a família. O outro, que estava afastados dos entes queridos devido a uma crise familiar, resistiu às investidas de uma mulher com mais idade. Sua fidelidade resgatou e restaurou a família.

Quem são estes irmãos? Judá, que caiu na armadilha desesperada da sua nora Tamar, que era negligenciada (Gn. 38). E José que fugiu dos braços da mulher de Potifar (Gn. 39). Num capítulo a terrível história de irresponsabilidade e desonestidade; noutro, um belo capítulo sobre fidelidade.

As histórias de Judá e José quando confrontadas em meio à "história de Jacó" (Gn. 37.2), nos mostra que a tentação em si não é um problema. Todos enfrentam tenatções, até mesmo Jesus (Mt. 4.1-11). Mas como enfrentamos a tentação? Será que demosntramos que a fé em Deus pode nos proteger e evitar que caiamos em pecado?

José nos deu uma dica sobre como escapar do pecado: reconhecê-lo como afronta a Deus e fugir dele. Jesus nos deu outra opção: responder a tentação com verdades da Palavra de Deus.

Você está enfrentando tentações? Esta é uma oportunidade de tornar Deus e Sua Palavra reais, em sua vida. Fuja delas!

CAÍMOS EM TENTAÇÃO QUANDO NÃO NOS POSICIONAMOSCONTRA ELA.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Medite nestas coisas!!

Meditarei no glorioso esplendor da tua
magestade e nas tuas maravilhas.
Salmo 145.5


Alguns cristãos tornam-se um pouco céticos quando você começa a falar sobre meditação sem enxergar a grande diferença entre a meditação bíblica e alguns tipos de meditação mística. Na meditação mística, conforme uma das explicações, "a mente racional é levada a neutralidade... para que a psique possa assumir o controle". O foco é interior e o objetivo é "tornar-se um com Deus".
Por outro lado, a meditação bíblica direciona a atenção aos assuntos do Senhor e o Seu propósito é renovar as nossas mentes (Romanos 12.2) para pensarmos e agirmos de maneira semelhante a Cristo. O objetivo é refletir sobre o que Deus disse e fez (Salmos 77.12; 119.15-16; 97) e em como Ele é (Salmo 48.9-14).
Em Salmo 19.14, Davi escreveu: " As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença."Outros salmos refletem sobe o amor de Deus (Slamo 48.9), Suas obras (Salmo 77.12), Sua lei (Salmo 119.97) e Seus testemunhos (Salmos 119.99).
Preencha sua mente com as Escrituras e concentre sua atenção nos mandamentos, nas promessas e na bondade do Senhor. E lembre-se disto: "[...] tudo que é verdadeiro, tudo que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo que é amavél, tudo que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento" (Filipenses 4.8).

segunda-feira, 21 de junho de 2010

ontra fatos não há argumentos. Será??



Você já parou pra pensar o quanto nosso cotidiano é nutrido por idéias? Lidamos com elas o tempo todo. Idéias que vão e que vêm; que nós criamos, copiamos, mudamos; memorizadas, pensadas, não-pensadas, automatizadas, enraizadas. Embora o viver não se resuma a elas, não há duvida que, de muitas e variadas formas, elas ajudam a abastecer o viver.

Uma das idéias das quais nos abastecemos – os historiadores mais ainda – é a de que fatos existem lá fora. Um fato pode ser entendido genericamente como um fenômeno humanamente reconhecível, e ordenado a partir do tempo e do espaço. Para muitos, fatos são “dados”, isto é, informações que emanam naturalmente dos ocorridos e que, por uma pura observação, caem em nossos colos prontos para serem divulgados. Não foram mexidos, como podem ser os ovos, nem modificados pelo olhar humano. Aliás, para que fatos sejam mesmo fatos, ter-se-ia de ignorar o tal olhar. E o pior é que nisso tudo ainda se propaga a fábula da “tabula rasa” de David Hume, que pressupõe a pura recepção da mente humana dos dados da experiência, demarcando uma continuidade entre o dado, a recepção e o conhecimento.

Assim, tal fábula se faz disseminar entre nós por meio do senso comum de que “contra fatos, não há argumentos”, já que o fato “fala por si mesmo”, e nosso papel é apenas o de descrevê-lo tal como ele é, sem tirar, nem pôr. Eles emergem das coisas. Embora muita gente ainda pense assim, há muito tempo existem argumentos levantados por diferentes vozes contra tal percepção de um fato. Uma delas é a de que o fato não é um dado proveniente do mundo externo, mas uma criação proveniente do olhar humano. Logo, aquilo que recebemos como “fato”, contra qual não se poderia ter argumento, surge precisamente de outros argumentos, ou informações suscitadas por alguém, que não “caíram no colo”, nem foram “dadas” e sim produzidas pela linguagem.

É óbvio que isso se aplica ao campo do conhecimento, que surge precisamente desse olhar para a realidade. Não se trata de ciência exata aqui, mas humana (melhor deixar claro, antes que alguém venha dizer que acredita ser um fato que 2 + 2 é igual a 4). Fatos, assim, são construções, à medida que passam pelo filtro do olhar, que naturalmente resulta em interpretação e, por fim, em um enunciado. Não se pode, por mais que se tente, eliminar todas as interpretações naturais, como defendeu Paul Feyerabend. E toda tentativa de fazê-lo, ainda segundo ele, seria autodestrutiva, ou, como disse C. S. Lewis, é aceitar a “oferta do Bruxo”.

Contra tal positivismo, que dizia “há apenas fatos”, Nietzsche respondeu: “Ao contrário, fatos é o que não há; há apenas interpretações”. Sei que para muita gente isso ainda pode parecer um tanto subversivo, e para outros, questão ultrapassada. Mas ainda se pode ouvir, aqui e acolá, o dito que “contra fatos...”. Bem, e se os fatos, em si, já são de certo modo argumentos (enunciados)? Então, não se pode aferir que não há argumentos contra argumentos, concorda? Teorias são criações provenientes da interpretação – diversa, lacunar, contraditória – e, portanto, sujeitas a permanente reformulação. Diz-se que os fatos podem refutar as teorias, e eu pergunto: quais? Aqueles, resultantes da mesma fonte de onde provêm as teorias, isto é, o olhar humano?

Penso que não há nada “por trás dos fatos” que proteja uma afirmação categórica humana de um exame crítico – até porque, por trás dos fatos, diria Feyerabend, estão seus “componentes ideológicos”. Aliás, a menos que esteja protegida pela “aura” do dogma, nenhuma teoria, tampouco essa que defendo, está isenta de um exame crítico. Se não é possível excluir a interpretação da atividade de conhecer, continuemos examinando criticamente as interpretações uns dos outros, nessa busca desenfreada pela verdade, que nos escapa. Se uma interpretação “não servir”, substitua por outra, e assim sucessivamente. No dia em que virmos o original, face a face, então a ciência terá chegado ao fim, parafraseando Rubem Alves... No dia em que virmos face a face, então conheceremos como somos conhecidos, e a vida já não será a mesma!


Jonathan

Fanáticos Religiosos!!



A vossa palavra seja sempre agradável,

temperada com sal, para saberdes como

deveis responder a cada um.

Colossenses 4.6


Tenho um amigo que foi convidado para um jantar, no qual sentou-se ao lado de um descrente que se divertia em zombar dos cristãos.

Durante todo este período, o homem alfinetou Mateus de maneira cruel falando sobre as maldades do cristianismo ao longo dos séculos. O meu amigo respondia calmamente a cada insulto dizendo: "Esse é um ponto de vista interessante." E depois fez uma pergunta que demosntrou genúino interesse e desviou a discussão da questão sobre a qual discordavam.


Quando os dois estavam indo embora no fim da noite, o rapaz desferiu o golpe final. Mateus colocou os braços no ombro dele e riu silenciosamente: "Meu amigo", disse ele, "durante a noute toda você tentou conversar comigo sobre religião. Você é um fanático religioso?"


O rancor do rapaz dissolveu-se em um ataque de risose depois em moderação, porque ele era verdadeiramente um fanático religioso. Todos os seres humanos são. Somos insaciáveis e incuravelmente religiosos - conquistados pelo amor compassivo de Deus, apesar de tentarmos mantê-lo à distância. A bondade e o humor inteligente de Mateus despertaram o coração daquele rapaz para que ele pudesse se tornar receptivo ao evangelho.


Devemos ser "prudentes como as serpentes" (Mateus 10.16) quando lidamos com não-cristãos, falando com eles "com graça temperada com sal" (Colossenses 4.6)


Como sal da terra,

os cristãos podem tornar outros sedentos pela Água da Vida.!!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

RETRIBUIR!!

"Porque eu vos dei o exemplo, para que,

como eu vos fiz, façais vós também."

João 13.15



A Corrente do Bem é um filme sobre os planos de um menino de 12 anos de fazer diferença no mundo. Incentivado por um professor da escola onde estudava, o garoto convida um morador de rua para dormir na garagem da casa dele. Sem saber deste acordo, uma noite sua mãe acorda e encontra o homem consertando o caminhão da família. Ameaçando-o com uma arma, ela pede que o sem-teto se explique. Ele lhe mostra que conseguiu consertar o caminhão e lhe conta sobre o ato bondoso de seu filho. E diz: "Estou apenas retribuindo."


Acho que Jesus tinha a retribuição em mente numa das suas últimas conversas com os seus discípulos. Ele queria mostrar-lhes a total amplitude do seu amor. Então, antes da sua última refeição juntos, tirou a túnica, amarrou uma toalha na cintura e começou a lavar os pés dos seus discípulos. Isto era chocante, pis apenas os escravos lavavam os pés de outros. Era um ato de servidão e um síbolo que apontava para o sacrifício, a paixão e a humilhação de Jesus na cruz. O pedido que fez aos seus discípulos foi: "Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros" (João 13.14). Os discípulosdeveriam retribuir.


Imagine como o mundo seria doferente se dedicássemos aos outros o tipo de amor com o qual Deus nos amou através de Jesus!!


Recomendo o filme: A CORRENTE DO BEM.




UAU!!!


UAU!

Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses?
Quem é como tu, glorificado em santidade,
Terrível em feitos gloriosos,
Que operas maravilhas?
Êxodo 15.11


Em um dia tempestuoso de junho, fui com minha família em férias para as montanhas Rochosas do Canadá.
Visitamos um local turístico que meu guia recomendava como: deve ser visto. O vento gelado me fez relutar em caminhar, até que vi um grupo de pessoas retornando daquela paisagem panorâmica. Vale a pena ir lá? Perguntei. E eles responderam: é claro que sim! Isso nos incentivou a prosseguir. Quando finalmente alcançamos o local, sua beleza nos deixou virtualmente mudos. UAU! Foi tudo o que conseguimos expressar.

Paulo atingiu esse ponto quando escreveu sobre a obra de Deus na salvação dos judeus e dos gentios no livro aos Romanos. Três atributos de Deus também o emudeceram, assim como faz comigo.

Primeiro: Deus é onipresente (Romanos 11.33). Seu plano perfeito de salvação nos mostra que Ele tem soluções muito melhores aos problemas da vida do que somos capazes de imaginar.

Segundo: Deus é onisciente. Seu conhecimento é infinito. Ele não precisa de conselheiro (Romanos 11.34) e nada o surpreende!

Terceiro: Deus é onipotente (Romanos 11.35) Ninguém pode dar a Deus o que Ele primeiro não tenha dado. Nem alguém pode retribuir-lhe por sua bondade.

Podemos dizer como Moises, “Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?” Ex 15.11

Que Deus maravilhoso é aquele que servimos!!

Vemos a majestade de Deus em Seu caráter e em sua criação!!!

Um forte abraço a todos!!

Késia

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Qual é a próxima?


(...) prossigo para o alvo, para o prêmio da
Soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. – Fl 3.14


Em uma série que passou na televisão, o presidente de um país fictício normalmente terminava as reuniões de equipe com três palavras – “E a próxima?”
Era a sua maneira de sinalizar que a questão anterior estava encerrada e que estava pronto para seguir em frente.
As pressões e responsabilidades da vida no palácio do governo exigiam que ele não concentrasse sua atenção no que estava no espelho retrovisor – ele precisava manter o olhar adiante e seguir em frente.
Em certo sentido, o apóstolo Paulo tinha uma perspectiva de vida semelhante. Ele sabia que não tinha “chegado lá” espiritualmente e que havia um longo caminho pela frente para se tornar parecido com Cristo. O que ele poderia fazer? Poderia agarrar-se ao passado, com seus fracassos, decepções, lutas e disputas, ou poderia aprender com aquelas experiências e prosseguir, em direção à próxima.
Em Filipenses 3, Paulo nos diz como decidiu viver sua vida: (...) esquecendo-me das coisas que trás ficam e avançando para as que adiante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (VV. 13-14). É uma perspectiva que impulsiona para a frente – para abraçar o futuro. É isso que também precisamos ansiar, enquanto buscamos ser transformados à imagem do Salvador e aguardamos pela eternidade com Ele.
Não viver do passado, nem usar fracassos para impedir sua caminhada, são posturas necessárias para aqueles que desejam permanecer e estar em busca do grande prêmio.
As amarras dos erros passados só prendem aqueles que desejam viver assim, sem nenhuma perspectiva e sem desejo de seguir em frente.
A cada novo dia Deus nos dá a oportunidade de recomeçarmos e seguir em frente e dizer – “ E a próxima?”

Eu desejo seguir para a próxima e você?


Um abraço

Késia

sexta-feira, 5 de março de 2010

PAZ!!!

O caminho para a paz começa com a aceitação da verdade a meu respeito - toda a verdade.
Qualquer fragmento de mim que eu me recuse a aceitar torna-se o inimigo.
Minha luta em conviver com certas pessoas tem uma explicação simples: elas representam para mim precisamente aqueles elementos que me recusei a reconhecer e aceitar em mim mesmo.
Aceitar a verdade sobre meu próprio dilaceramento é insuportável, senão impossível, sem que eu me volte para Cristo. Se a visão que tenho de mim mesmo não for purificada pela misericórdia e pela compaixão de Jesus, preciso ser falso, camuflar minhas verrugas e apresentar a voce um eu muito admirável, livre de falhas e superficialmente feliz.
Para Meister Eckart, a equação: "em Cristo = em paz" é sempre válida. Quando aceito a verdade a meu respeito, um naufrago que foi salvo, e a entrego 'a pessoa de Jesus, estou em paz ainda que não me sinta em paz. A paz que procede de Deus e excede todo entendimento (Fp 4.7) foi conquistada por Cristo na cruz e não depende de meus sentimentos e diposições oscilantes.
A paz que vem de aceitar a verdade inteira sobre mim está enraizada em Cristo, que reconciliou "consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão nos céus, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz" (Cl 1.20). O shalom de Jesus não é mera saudação, mas uma declaração de autoridade do Filho de Deus, Palavra crucificada que produz a paz que proclama.

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração,
prova-me, e conhece as minhas inquietações.
Vê se em minha conduta algo te ofende,
e dirige-me pelo caminho eterno.
Salmo 139.23-24

quarta-feira, 3 de março de 2010

As exigencias do amor!!

Para aqueles que sentem que sua vida é uma séria decepção para Deus, são necessárias uma enorme confiança e uma segurança ousada, que se lança sem medo de correr riscos e de forma até mesmo desconcertante, para aceitar o amor de Cristo, que não conhece nenhuma forma de sombra de alteração ou mudança.
Quando Jesus disse "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados", Ele já pressupunha que ficaríamos cada vez mais cansados, desanimados e desalentados pelo caminho. Essas palavras são um testemunho comovente da humanidade genuína de Jesus. Ele não tinha nehuma noção romântica do custo do discipulado. Sabia que a dor física, a perda de pessoas amadas, o fracasso, a solidão, a rejeição, o abandono e a traição esgotariam nosso espírito, que chegaria o dia em que a fé não ofereceria mais nenhuma segurança, nenhuma propulsão ou consolo, que a oração perderia todo senso de realidade ou avanço, que um dia ecoaríamos o clamor de Teresa de Ãvila - "Senhor, se é assim que tratas teus amigos, não é de admirar que tenhas tão poucos".
"Elas dão prova do justo juízo de Deus
e mostram o seu desejo de que vocês
sejam considerados dignos do seu Reino,
pelo qual vocês também estão sofrendo".
2 Tessalonicenses 1.5

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Confiança - No âmago do reino vindouro!!



Todos os dias Jesus se via cercado por pessoas encurvadas, por vítimas de feridas purulentas e membros mirrados, por mudos e surdos. O efeito líquido que toda essa miséria humana exercia sobre ele não era deprimi-lo. A única acusação que ele lançava contra qualquer pessoa - sempre os espectadores, jamais a vítima - era a falta de confiança em Deus.

A questão predominante para cada judeu era como instaurar o reino do Deus de Israel. Jesus propôs um único caminho - o da confiança. Jesus não pediu a seus discípulos que confiassem em Deus; ele ordenou que confiassem em Deus. Confiar em Deus não era alguma característica secundária do ensinamento de Jesus; era seu cerne, seu centro. Isso e somente isso apressaria o reino de Deus.

Achamos, no entanto, que a confiança amenizará a confusão, amortecerá a dor, remirá os tempos. a nuvem de testemunhas de Hebreus 11 testifica que não é assim. Nossa confiança não traz a clareza definitiva nesta terra. Não ameniza o caos, nem amortece a dor, nem fornece uma muleta. Quando tudo o mais é impreciso, o âmago da confiança diz: "Nas tuas mãos entrego o meu espírito".

Então Ester mandou esta resposta a Mardoqueu:
"Vá reuni todos os judeus que estão em Susã,
e jejuem em meu favor. Não comam nem bebam
durante três dias e três noites.
Eu e minhas criadas jejuaremos com vocês.
Depis disso irei ao rei, ainda que seja contra a lei.
Se eu tiver que morrer, morrerei".
Ester 4.15-16

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

HOJE - Não ontem nem amanhã!!



O apóstolo Paulo captou o pleno significado do ensino de Jesus sobre livrar-se da preocupação. Fazendo as vezes de cabide de túnicas durante o apedrejamento de Estevão e atuando como mentor da matança dos cristãos, Paulo bem poderia ter se tornado um caso patológico se tivesse permanecido em seu estado pré-cristão.
No entanto, Paulo escreve: "... mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo..." Fp 3.12-14

Quaisquer realizações passadas que possam nos trazer honra, quaisquer desonras passadas que possam nos envergonhar, todas foram crucificadas com Cristo e não mais existem.

Mas a preocupação não se limita ao passado. Quando a mente dirige seu olhar ao futuro desconhecido, pode produzir situações aterrorizantes que também nos mantém em estado crônico de preocupação.

Essa preocupação com o futuro impede que estejamos atentos ao presente vivo. As tradições espirituais continuamente ressaltam esse problema. Um dos ensinos mais memoráveis de Jesus contém este contraste: "não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis (futuro) de comer, ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. [...] Olhai (presente) para as aves do céu..." Mt 6.25-34 Ele conclui o ensino com uma peça de humor negro que tem ajudado muitas pessoas a refrear a mente galopante: "Basta a cada dia o seu mal".

Encarregar-se do momento presente, observando-o surgir e contribuindo para sua criação, é uma das primeiríssimas habilidades da vida espeiritual.

Venha, ó descendência de Jacó,
andemos na luz do Senhor!
Isaias 2:5